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domingo, 24 de fevereiro de 2013

RELATÓRIO CLINICO

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Atendo a pedidos, segue um modelo que achei legal, e que pode ajudar na elaboração de seu próprio relatório. Sempre seguindo as normas da ABNT .

FACULDADE INTERNACIONAL  


Nome do Aluno








RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA










Cidade
2011

























Nome do Aluno









RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA





Relatório de Estágio Clínico apresentado como requisito parcial para obtenção do título de especialista no curso de pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional, na modalidade à distância, da Faculdade Internacional 

Prof.ª xxxxxxxxxxx
















Cidade
2011








FACULDADE INTERNACIONAL 






Relatório Final de Estágio de Psicopedagogia Clínica apresentado à Faculdade Internacional , do curso de especialização em Psicopedagogia Clínica e Instrucional.







Nota: _____________ (   ) A = Aprovado (  ) R = Reprovado











__________________________________________
Profº Orientador
Responsável pela Prática Psicopedagógica






SUMÁRIO




 1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo formular uma analise e uma intervenção Psicopedagogica clinica de um aluno cujo pseudônimo V.m.m, de 6 anos de idade que cursa 1 ano do ensino fundamental e que vem apresentado dificuldades em seu processo de construção do conhecimento. Enquanto futura psicopedagoga vejo a importância deste trabalho se justifica pelo necessário aperfeiçoamento do conhecimento adquirido através do estudo do campo. Sabemos que a educação para a cidadania é uma tentativa de fazer com que haja maior conscientização da sociedade a fim de que ela assuma as responsabilidades sociais e políticas que ele cabe.
Portanto, como se preocupa com o problema de aprendizagem, deve ocupar- se inicialmente do processo de aprendizagem, estudando assim as características de aprendizagem humana.

 2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Identificações da instituição
O estagio clinico foi realizado na escola estadual Coronel Antonio Trindade que fica localizado na Rua Giovane toscano de brito n 380
Situada no município de Aquidauana, Estado do Mato Grosso do Sul. Optei por cumprir a carga horária de estagio exigida pelo curso que ora estou terminando, tive os primeiros contatos na Instituição Diretora da Escola e também com a equipe de supervisores. Essa instituição de caráter estadual atende atualmente uma media de 309 alunos. A escola foi fundada em março de 1950 como escolas municipal, com apenas uma sala de aula, e após vinte e dois anos, em 30 de Agosto de 1972, passou a ser uma Escola Estadual, com o nome de Escola Estadual Coronel Antônio Trindade, por determinação do então governador do estado na época de Mato Grosso, hoje mato grosso do sul.
A instituição, que funciona em dois turnos (diurno e vespertino),  conta hoje com um total de 14 funcionários para atender a demanda de 309 alunos matriculados no Ensino Fundamental. No período da manhã estão matriculados 154 alunos nas turmas de 1º a 5º ano. E no período das tarde 153 alunos do 1º ao 5º ano. A equipe é composta por 2 merendeiras , 7 funcionários que atuam na secretaria distribuídos em ambos os períodos, 5 auxiliares de limpeza (2 de manhã e 3 a tarde),. 1 diretora, 2 coordenadoras ( uma em cada turno). 14 professores distribuídos em número iguais nos período matutino e vespertino.
A instituição atende crianças da zona rural, vilas e bairros próximos à escola. A clientela da escola, quase na sua totalidade, é composta por alunos provenientes de famílias de baixa renda, muitas delas em situações de vulnerabilidade social, são filhos de trabalhadores rurais, domésticas, pedreiros, diaristas, garis, trabalhadores sem qualificação profissional, etc. Uma grande parcela das crianças também participam de programas sociais Federais, como Bolsa Escola, Bolsa Família, Segurança Alimentar, Agente Jovem, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, etc.
A escola atende ainda alunos Portadores de Necessidades Especiais que estão inclusos nas diferentes turmas do ensino fundamental. Entre os alunos matriculados encontram-se algumas crianças indígenas originárias das aldeias existentes no município deAquidauana. É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.
Quanto à estrutura física a instituição está instalada em um prédio de construção muito antiga, onde durante décadas não passou por grandes reformas nem ampliações. Devido à necessidade de espaço físico, em 2011 o Estado locou uma residência em frente à escola para poder funcionar duas salas de aula porem uma sala inadequada, muito pequena o espaço mede 18m para abrigar 23 alunos, a professora tem dificuldade para se locomover a falta de espaço, e evidente e v.m.m senta no fundo às vezes não do tempo de atende lo. O prédio antigo possui quatro salas de aula, sala de direção, sala de coordenação, almoxarifado, sala de tecnologia, dispensa cozinha, seis banheiros para atender os alunos e dois para os professores e administradores, pátio coberto, quadra esportiva e áreas livres, não possui biblioteca.
                                                                                                                            
2.1 DADOS DO AVALIANDO
Nome: V.M.M.
Data de Nascimento: 08.08.2005
Sexo: Masculino
Filiação: Pai: J.M
Mãe: R.M.P.
Serie: 1º ano Ensino Fundamental.

2.2 REGISTROS DA QUEIXA
V.M. M vem apresentando dificuldade em seu processo de construção de conhecimento. A mãe relatou que V.M. M, só começou a falar com 5 anos de idade fez tratamento com vários medico e chegou ate ouvir, que V.M.M seria um deficiente auditivo, mas para sua surpresa com 5 anos ele começou a falar já no ensino aprendizagem ele  é muito dispersivo.
A professora me disse que V. não consegue acompanhar os amigos. Seu material nunca este completo todos os dias esquece os materiais não cuidando nem zelo, não copia direito do quadro é um menino esperto, mas não consegue ficar quieto um minuto.

2.3 REGISTROS DESCRITIVOS DOS ENCONTROS.
29 De agosto de 2011

Visita na instituição de ensino Escola Estadual Coronel Antonio Trindade, com a professora e também coordenadora da escola, afins de levantamento de dados com a professora de V. Deu-se inicio a realização do estagio psicopedagogico clinico, a coordenadora me mostrou uma sala vazia que fica na extensão da escola, visitei a sala de aula que V. estuda, garanto que não foi nada agradável, pois a sala de aula fica na extensão sendo uma calamidade de 18 m² para 23 alunos da primeira serie, eles juntam as carteiras para trabalhar em grupo e só vendo a professora muito calma não conseguindo nem andar pela sala porque não cabia ninguém direito.
V.m.m senta ao fundo da sala, talvez este possa ser um dos motivos no qual ele não consegue acompanhar.
A escola é uma casa mantida, pelo governo do Estado para atender duas salas, a outra fica na varanda sem divisória a onde faz muito barulho atrapalhando a concentração dos alunos, o calor é insuportável. A professora faz o melhor que pode
Conforme o combinado V. comparece a Escola Estadual Coronel Antonio Trindade acompanhado pela sua irmã. O mesmo recebeu esclarecimentos a cerca do trabalho a ser desenvolvido, mostrando-se contente e disposto a colaborar. Já agendei os encontros subseqüentes.

30 de agosto de 2011
Com intuito de ter melhor conhecimento sobre a história de vida de V., foi realizada a Anamnese com a mãe de V. é importante incluir estes dados sobre o paciente dentro de sua dinâmica familiar, contemplando toda a sua história de vida na coleta das informações foram levadas em consideração as etapas de desenvolvimento do aprendente desde a gravidez até o estagio atual.
Identificação do sujeito
V. é um menino de seis anos de idade que estuda atualmente na Escola Estadual Coronel Antonio Trindade, situada no bairro Trindade.
V. reside no mesmo bairro onde está situada s sua escola, juntamente com sua mãe R.M. P, 25 anos, e seus avos maternos, seu pai os deixou logo ao nascer, mora junto a tua irmã I. De 9 anos, S. de 5 anos e G de 9 meses, V. ocupa a posição de 3 filho nesta família.
Iniciou a vida escolar sem maiores problemas de adaptação. Já na aprendizagem está enfrentando dificuldade, com baixo rendimento escolar, aparentemente faz parte de uma família que não se preocupa e nem sempre estão atentas as questões educacionais.

Relato descritivo Anamnese
Filiação
Pai: J.M
Idade: 54 anos
Profissão: Campeiro
Escolaridade: 6° ano do ensino fundamental.

Mãe: R.M. P
Idade: 25 anos
Profissão: Domestica
Escolaridade: Não tem escolaridade.

ANTECEDENTES NATAIS:
GESTAÇÃO:
Para realização da Anamnese em nenhum momento da entrevista ela resistiu em responder as perguntas, mostrando acessível a tornando a conversa bastante agradável.
Em seus relatos, R.M. P deixa claro que apesar da gravidez não ter sido planejado V., foi uma criança muito bem vinda por toda a família. A gestação ocorreu sem maiores problemas clinico e não sofreu nenhum acidente durante o período em que esteve grávida de V.
Durante a gestação J.M, não acompanhava a esposa nas consultas médicas. O parto de V. foi normal não demorou muito para nascer, demorou reagir a todos os estímulos a que foi submetido. Após seu nascimento o seu pai os abandonou no período neonatal V. dormia muito, sono tranqüilo, não acordava assustado, foi amamentado no seio materno até os oito meses de idade tinha boa sucção, hoje se alimenta bem.
Em relação ao seu desenvolvimento motor, V. não engatinhou e sentou com oito meses, iniciou seus passos aos onze meses. A mãe relata que houve certa demora para V. falar necessário acompanhamento médico, foi a vários como não tinha recursos financeiros, não foi a nenhum especialista, somente os que a rede publica ofereceu, V. foi assistido por um profissional no período de dez meses, chegando até mencionar que ele não iria falar, para sua surpresa quando ele iria completar quatro anos começou a falar, suas pronuncia ainda não é nítida.
A mãe relata que não tem muito tempo que perdeu o seu segundo filho, quando nasceu tinha má formação no cérebro, viveu oito anos, seu ultimo filho G. também tem problema nos pulmões, a família tem muitas dificuldades. R.M. P, fala que V. toma dois banhos diários, uma vez que os avos moram junto, e também ajuda cuidar.
V. é um menino independente e desenvolve atividades práticas com facilidade, adquiriu controle dos esfíncteres com um aninho de idade e segundo a mãe foi iniciativa própria, a mãe fala que ele é um menino, melindroso briga com os coleguinhas facilmente, não divide seus brinquedos com os irmãos, de vez em quando eles se pegam nos tapas, é quando minha mãe os corrige.

OBSERVAÇÕES:
A mãe de V., disse que é muito duro para ela ajudar o filho, pois ela tem que trabalhar para dar o que comer aos outros filhos. Ao final da sessão, ela disse queria poder fazer mais pelo meu filho, mas não tenho condição faço o que posso.

06 de setembro de 2011
1º SESSÃO EOCA
Com o intuito de estudar as manifestações cognitivas afetivo do conduto de V. que podem estar interferindo em seu processo de aprendizagem não abro mão de recurso de avaliação diagnostica formulado pelo professor argentino Jorge Visca intitulado de Entrevista Operatória Centrada na Aprendizagem (EOCA).
No primeiro momento foi explicado a ele o que seria feito, deixei sobre a mesa a caixa de lápis de cor, giz de cera, lápis sem ponta, apontador, borracha e livro de historinha, tesoura, cola régua, quebra cabeça, jogo da memória.
Esse material foi tudo preparado para você mostrar o que você aprendeu na escola, ele suspirou me olhou e ficou em silencio por alguns minutos disse a ele me mostre e que lhe ensinarei a fazer e o que você aprendeu na escola, pegou o lápis sem ponta e logo saltou depois olhou os lápis de cor e pegou o lápis de cor preto e com uma folha sul fite e começou a desenhar, mas quebrou a ponta ele me perguntou tia o que eu faço sem que eu respondesse , pegou o apontador e apontou o lápis por várias vezes fez uso da borracha estava bem à-vontade me disse tia você pode me dar essa borracha balançou a cabeça e ele tornou a perguntar à senhora me da esta borracha para sempre ta, sim eu lhe dou esta borracha, sorriu e percebi que ficou muito feliz, pegou outra folha e lápis de cor para colorir.
 Observei que estava suspirando e apertava muito o lápis, tinha quatro folhas sul fite fez um desenho em cada folha me disse já terminei tudo e respondi a ele nos temos um tempo a mais, parou e ficou me olhando pegou o lápis sem ponta novamente olhou e me disse é lindo com muitas figuras e um pau e os lápis de cor a senhora me da para sempre e mostrava este e aquele disse que sim no final da conversa falou muito e pegou  o apontador e começou a  apontar olha é um lápis tia, rabiscava na mesa era um lápis borracha ele acreditava que era tinha na ponta passou  por varias vezes na mesa dizendo o que é isto ate que apagou os rabiscos da mesa, olha tia é uma borracha, este lápis é para menino tia, o que você acha:
Pegou o livro de historinha e foliou contando a historia, mas sem ler narrou a historia certinho ate os felizes para sempre. Pronto já acabou posso levar tudo menos a tesoura e a régua eu não quero já o quebra cabeça ele pegou tirou do pacote, mas não quis guardar. Já no final ele me perguntou você gosta de mandioca frita com carne na panela de pressão só de pensar tenho água na boca eu falei a ele gosto sim ele então respondeu eu já sei cozinhar tia.
O trecho apresentado acima consiste num resumido relato de comportamento de V. durante a aplicação do EOCA, onde foram verificados aspectos relativos à  temática a dinâmica ao produto a dimensão afetiva e cognitiva do avaliado.

Entrevista operativa centrada na aprendizagem – EOCA  
Nome: V. M.M.
Data: 08/08/2011
Idade: 6 anos
Horário: 9 h
Observador: Aluna estagiaria do Curso de Especialização em Psicopedagogia clinica e Institucional.

ANOTAÇÕES
HIPÓTESES
Temática: respondeu tudo que lhe foi perguntado.
Conteúdo manifesto: demonstra ser capaz de
realizar a tarefa.
Conteúdo latente: Corresponder às expectativas do avaliador a seu respeito.
Necessidade de comprenção.
Dinâmica: hora a sentado, hora em pé,
suando muito tímido, medo talvez.
Atitude de quem está muito apreensivo
e inseguro.
Produto: desenho pobre em detalhes,
embora tenha explorado quase todo o
material apresentado.
O medo de arriscar prefere utilizar
materiais que já conhece, bem como
realizar atividades já feita em outras
ocasiões.
Dimensão afetiva: uma enorme necessidade de
Receber ordens, dizer as atividades a ser
Desenvolvida. Esperando dizer o que
deve realizar.
Tem um alto grau de dependência,
Ansiedade.
Dimensão cognitiva: boa coordenação motora,
traços firmes, não tem habilidade para traçar linhas
retas,suspirou antes de começar a tarefa indicando
uma antecipação e planejamento cerca do que iria
realizar. Descreveu o que desenhou.
Demonstrou capacidade intelectual
porém, necessita de estímulos diretivos
que indiquem o que deve fazer e como
agir. Não consegue tomar decisões
sem consentimento ou diga se está
certo ou errado.

Observações: V. recebeu as consignas com ansiedade. Demonstrou grande     interesse em corresponder às expectativas e como mecanismo de defesa, contou
muitas histórias no intuito de chamar a atenção.

RELATO DAS SESSOÊS
2º Sessão 08 de setembro de 2011
Atividade: provas operatória conservação de qualidades seriação
Objetivos: observar o funcionamento cognitivo do aluno de acordo com sua faixa etária. Recursos: massa de modelar, folha de papel e tinta guache.
OBSERVAÇÃO
Conservação de quantidade iniciou a sessão explicando o que iríamos fazer e v. ficou feliz em saber o que iria usar massa de modelar coloquei duas caixas de massa sobre a mesa e pedi que escolhesse duas barras, V. então pediu pegue as mesmas cores que eu (branco e amarelo), pedi que ele fizesse duas bolinhas de tamanhos iguais, e depois que me falasse qual que tem mais massa. V. apresentou grau de construção operatória em nível 2 ou intermediário: as resposta apresentam oscilações, instabilidade ou não são completas, chegando ate mesmo a dizer que  as bolinhas tem mais que a salsicha demonstrou não ter entendidos que a disposição das bolas não interfere na qualidade ao terminar esta atividade, juntou as bolinhas e as colocou na caixa e guardou.
Em um segundo momento ofereci a v.a atividade lúdica onde foi utilizada um jogo da memória (para criança acima de 3 anos), V. demonstrou excelente  percepção ao montar ,descobrindo as figuras e algumas letras do alfabeto, V. falou muito que queria lutar karat e que não gostava de estudar ,nesta escola reclamou que a avo , deixava ele trazer os lápis de cor para a aula.

3º Sessão 12 de setembro de 2011
Atividade: provas de conservação de pequenos objetivos: identificar o processo mental usado pela criança para encontrar respostas para a atividade proposta.
Recursos: 10 fichas de E.V. A vermelha e 10 fichas de E.V. As azuis.
Observações: iniciei a sessão explicando o que iríamos fazer, ele achou interessante a cor das fichas e foi logo escolhendo sua cor, cor de sangue né tia, e esta outra cor do céu, falei para ele, vermelho e azul, pegou suas fichas e começou a montar para ficar igual as minhas que organizei em duas fileiras com todas as fichas, perguntei está igual a minha, ele me olhou e respondeu sim está, contei a mesma quantidade, sim tem 5 indicou e pedi que ele repensei a situação mudando a posição das fichas e ele mais uma vez demonstrou não ter percebido a posição das fichas.
5 oscilou entre as respostas conservadoras e não conservadoras, realizando a correspondência um a um, posso dizer, portanto que nessa prova 5, apresentou condutas intermediarias de nível 2.
2 momento aplicação da técnica projetiva para educativo:
5 foi indagado com que ele aprendeu as coisas na sua casa, ou seja em seu dia a dia, ele respondeu que aprende com o seu avó e com avô em nem um momento mencionou a escola. Ele desenhou pássaros no lago, peixe e uma égua, dizendo que era do avô, e que gostava muito de andar de carroça. O nome do desenho era: égua pocotó.

4º Sessão 13 de setembro 2011
Atividade: técnicas projetivas, os 4 momentos de um dia.objetivo: analisar os  vínculos afetivos do aluno, bem como seu desenvolvimento cognitivo e motor.Recursos: folha de papel, lápis e borracha.
Na acolhida conversamos sobre o dia dele na escola, em casa falou dos avos, o quanto gosta deles. Expliquei a V., o que iríamos fazer na sessão, e ele achou interessante o desafio de dobrar o papel bem diretinho sem amassar junto com a tia, que conduziu a sessão pedia a ele eu colocasse no papel fatos que ocorrem no seu dia a dia sem especificações, poderia colocar qualquer dia. Ele desenhou a seguinte sequencia:
1- Um televisor
2- Um cavalo no gramado perto do chiqueiro
3- Um cavalo do seu avô comendo capim
4- Um cavalo do seu avô preza no chiqueiro, porque já era noite, cujo nome do desenho é meu cavalo.
Chamou-me a atenção o fato de que em nenhum momento ele representou as horas que passa na escola, nem tampouco algo referente à aprendizagem e mais uma vez seu desenho não tinha detalhes, desenhou apenas os personagens.
2º momento: ofereci a V., uma atividade lúdica onde foi utilizado um quebra cabeça (35 peças, para crianças acima de 3 anos), não demonstrou interesse perante o jogo disse que não gostava, mesmo sendo estimulado se recusou a fazer.sendo em vista que a sessão estava, no final, pedi a ele que, lesse o livro de historinha para eu ouvir, deu um sorriso e disse não sei ler tia, então vamos junto vou te ajudar, sem sucesso ele não conhecia ainda todas as letras, faz troca.

5º Sessão 15 de setembro de 2011
Prova: de conservação de comprimento
Objetivo: avaliar a noção de conservação de comprimento.
Recursos: 1 corrente de 10 cm e 1 de 15 cm.
Esta atividade foi bem aceita por Valter. Você conhece esse material, sim bastante e a cor você sabe que cor, é cor de sangue e cor de gema, ta vermelha e amarela. Para esta prova foi mostrado uma posição inicial dos cordões e questionado sobre qual era o mais comprido dos dois.
Em seguida os cordões foram modificados em duas outras posições. Na prova de conservação de comprimento observei que a conduta de V. oscilou significativamente suas respostas mudando os critérios de reconhecimento, o que demonstra seu período de transição, característica do nível 2.
2° momento Família educativa
Solicitei a V. que desenhasse uma família qual quer. Ele desenhou a sua própria família com a avó o avô a outra avó e sua mãe.
Quando questionei se aquela era sua família, V. voltou a desenhar, mas duas figuras humanas dois irmãos, Toninho e Samuca, a figura dos avôs foram as primeiras da fila, todos do lado de frente ao processo, pedi a V. que desenhasse a família que gostaria de ter, ele disse que não queria.
Uma característica dos seus desenhos até o momento é a ausência de detalhes, as figuras não tem boca, não tem pés, não tem cabelo e sempre são pequenos o fato de não ter contato com o pai, em nenhum momento falou sobre ele. Nome do desenho karatê.

6º Sessão 19 de setembro de 2011
Atividade: Nível pedagógico
Objetivo: Avaliar o nível pedagógico do aluno e seu fundamento cognitivo para desenvolver as atividades propostas, bem sua emoções ao realizá-las.
Recursos: Folha de papel, lápis, borracha, lápis de cor, apontador.
Iniciei a sessão com a entrevista do realismo nominal, onde percebi que V. consegue identificar os sons iniciais das palavras sem dificuldade, porem demonstra desconhecer os sons parecidos no meio e no final das palavras. Reconhece e nomeia apenas as vogais do seu nome. Não reconhece as demais como pertencentes ao seu nome e nem sabe nomea-las, coloca no papel algumas vogais, porem não soube junta-las para ler.
Diante dessa situação, optei pelo ditado topológico.
Material usado: 1(uma) folha de sulfite branco, 1 (uma) caixa de lápis de cor, pedi para V. divida a folha com um traço preto no meio, pegou o lápis preto e assim fez, falei de um lado você vai fazer um circulo vermelho grande, fez mas não o fechou , agora faça um coração amarelo, se recusou a usar o lápis amarelo, e me disse de coração é cor de sangue, agora fora do circulo vermelho faça sete traços azuis, fez mais que sete, do outro lado do traço preto, quero uma casa grande e uma casa pequena, fez as duas mas sem porta, sem janela, e tudo de uma só cor, pedi que desenhasse um sol alaranjado acima da casa grande, foi feito, abaixo da casa pequena, coloque uma grama verde V. desenhou a grama e a egua que era para ela pastar,quero que você desenhe longe da casa pequena uma arvore.
Quanto à classificação do estagio de escrita, V. encontra se na fase pré silábica, escrita diferenciada com valor sonoro inicial, porem apresenta alguns erros de escrita universal.

3 DEVOLUTIVA AOS PAIS E AO ALUNO.
O embasamento para a realização dessa devolutiva foi à observação e as anotações realizadas durante o período destinado as sessões de atendimento psicopedagogico, conclui que v. e uma criança bastante feliz, e que esta compatível com o nível de desenvolvimento para sua faixa etária pré operatória (6 anos).em relação a leitura e a escrita encontra  se no nível pré silábico escrita diferenciada cm o valor socorro inicial,nas atividades realizadas,ele fez registros diferentes entre palavras modificando a quantidade e a posição e  fazendo variação nos caracteres, pode conhecer ou não os sons de algumas letras ou de todos elas.
Para a reconstrução de suas hipóteses quanto escrita e leitura, recomendo a exploração dos conhecimentos já atingidos por V.M.M. com elogios, parabéns por suas realizações e incentivo para tentar fazer de formas diferentes. O emprego do lúdico nessa etapa da vida e de grande utilidade, pois as crianças nessa faixa etária fazem associações, entre o imaginário e o real, então jogo de adivinhações, alfabeto móvel, recorte musica dramatizações, fantoches, entre outras atividades, farão com que se divertindo ele possa aprender e que tal aprendizagem seja de fato significativa, porque dessa maneira ele próprio construa o seu conhecimento.

28 de setembro de 2011
DEVOLUTIVA A INSTITUIÇÃO.
Com o objetivo de apresentar os resultados da avaliação Psicopedagogia realizadas durante o período destinado as sessões de atendimento para com V.M.M. foi observação e anotação, durante os atendimentos, para melhor entender, sobre o relacionamento de questões de cunho afetivo, social e intelectual, verifiquei no transcorrer da analise que v. e uma criança bastante feliz, efetivamente pertencem a sua família, pois em todas as atividades proposta, sempre se referiu a família e os animais com muito carinho e apreço, V.M. M, e saudável, esta de acordo com o desenvolvimento para sua faixa etária, onde as crianças utilizam o imaginário, ou seja, o lúdico para o desenvolvimento.
Assim como a aprendizagem, o corpo também esta em desenvolvimento e precisa de atividades, ate como meio de canalizar a energia típica da idade, sugiro para as atividades escolares um reforço pedagógico jogos de adivinhações, alfabeto móvel, recortes, musica, dramatizações, fantoches, atividades repetitivas (copia ditado, escrever no quadro). Mas um espaço onde o lúdico predomine e que de forma diferenciada ele possa realizar atividades que venham a desenvolver os seus conhecimentos e fazer como ele possa adquirir outras, participando efetivamente dessa construção.
Para o desenvolvimento físico, bem como disciplina e canalização de energia, sugiro o trabalho multidisciplinar na realização das atividades, tendo em vista que as atividades requerem um nível elevado, atividades físicas, natação, judô, karat, futebol musica, a fim de melhorar a concentração, tranqüilidade disciplina para sua eficaz realização. Em centros públicos como pólo esportivo existe atendimento gratuito para a população.


4 PARECER PSICOPEDAGÓGICO.
V é uma criança de seis anos de idade que frequenta o primeiro ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede pública estadual e que vem enfrentando dificuldades em seu processo de ensino-aprendizagem.
            Do ponto de vista intelectual apresenta uma estrutura cognitiva correspondente ao nível de transição do pensamento operatório concreto para o operatório formal, o que está adequado para sua idade, seis anos, pois nesta idade é comum que haja prevalência do estágio de inteligência formal com maior utilização do raciocínio hipotético dedutivo.
            Do ponto de vista afetivo demonstra condições inadequadas de relacionamento: apresenta uma submissão excessiva a figuras de autoridades bem como uma ligação de dependência com a mãe (relação simbiótica). Reage sempre com timidez a presença de outras pessoas. Demonstram grande necessidade de aceitação/aprovação buscando sempre corresponder as expectativas. Tal comportamento provoca em V. um alto grau de ansiedade frente às exigências as quais é submetida. Os sintomas de ansiedade que apresenta (sudorese, taquicardia, agitação psicomotora) atrapalham o seu raciocínio. Observou-se um vínculo negativo com o processo de aprendizagem, o que interfere no seu desempenho escolar.
Do ponto de vista funcional sua motricidade global é boa, movimenta-se bem, apresenta bom equilíbrio, tem predominância de lateralidade esquerda, apresenta boa motricidade fina. Quanto à orientação espacial V. apresentou um desempenho abaixo do esperado. Tal dificuldade possivelmente ocorreu devido a não exploração do ambiente por v. que apresenta características de personalidade introvertida. A orientação temporal foi à área em que V. apresentou maior dificuldade. Possui noção de velocidade (lento/rápido) e de distância (perto/longe). Não sabe ordenar dias da semana e os meses do ano. Não conhece as estações do ano e não mencionou corretamente nenhuma data comemorativa (não soube responder quando é Natal e Ano Novo). Dados revelaram dificuldades de orientação alopsíquica, ou seja, dificuldades em fornecer informações referentes ao tempo e ao espaço. Demonstrou preservada capacidade autopsíquica, informando dados de sua identificação pessoal, revelando saber quem é, como se chama, que idade tem qual sua nacionalidade.

            Do ponto de vista pedagógico sabe reconhecer e diferenciar letras, números e sinais de pontuação. Não tem domínio da orientação convencional da leitura, não lê repete as historia, ou seja, decorou em uma entonação que demonstra nervosismo e ansiedade. Quanto à interpretação de tamanho e forma faz sempre referencia a coisa, ao objeto e não a escrita da palavra. Situa-se na fase alfabética de nível de escritas alfabéticas. Em matemática é capaz de traçar e reconhecer números bem não sabe realizar operações simples com êxito. Apresenta dificuldade no entendimento do enunciado da pergunta.
            Finalizando, as dificuldades de aprendizagem de V. são decorrentes da falta de atenção e concentração para as atividades a serem desenvolvidas.

5 INFORME PSICOPEDAGÓGICO.
V.m.m, nascida no dia 8 (oito) de agosto do ano de 2005, atualmente com 6anos de idade, aluno do 1º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual coronel Antonio trindade, Aquidauana - MS foi indicada para avaliação psicopedagógica pela coordenação da escola. O interesse pela realização de um trabalho psicopedagógico surgiu devido à queixa de que V. vem apresentando dificuldades no processo de ensino aprendizagem.
A avaliação psicopedagógica se deu no período de 29/07/2011 a 29/09/2011, com a realização de sete sessões com duração média de 60 minutos às 2h cada totalizando 15 horas de análise diagnóstica. Na consecução do diagnóstico foram realizadas sessões que se fundamentaram da seguinte forma: Anamnese com a mãe; aplicação da EOCA; aplicação de provas Piagetianas para avaliação do desenvolvimento cognitivo; aplicação de provas projetivas para avaliação da área emocional; aplicação de testes de desempenho sensório-motor para avaliação da área funcional; aplicação de testes para avaliar as habilidades acadêmicas; e entrevista devolutiva a avaliada, seus responsáveis e a instituição onde foi realizado o estágio.
 Ao integrar os resultados obtidos durante todo o processo de investigação psicopedagógica conclui-se que V. traz um histórico de vida marcado por:
No campo afetivo social apresentou indícios de uma forte dependência psicoafetiva, com debilidade do vínculo materno marcado por uma forte simbiose. Construções empobrecidas a cerca do seu conhecimento de mundo, sempre foi muito superprotegida pelos pais em função do problema, que se manifestou aos 2 anos de idade. Baixa auto estima produzida pelo recorrente fracasso escolar. Necessidade de aprovação/aceitação não conseguindo tomar decisões sem que alguém a diga que está certa ou errada.
No campo Funcional verificou-se que V. possui excelente desenvolvimento motor com boa coordenação global. Sua orientação espacial é prejudicada por sua timidez, porem não o impede de olhar, observar, investigar o que está ao seu redor. Sente-se inseguro em ambientes novos. A orientação temporal foi à área em que V. apresentou maior dificuldade, principalmente referente a dados de orientação alopsíquica.

Na área cognitiva apresenta uma estrutura de conhecimento correspondente ao nível de transição do pensamento operatório concreto para o operatório formal, o que não está adequado para sua idade. Apresenta lentidão de raciocínio e elaboração mental empobrecida. V. apresenta uma modalidade de aprendizagem em desequilíbrio quanto aos movimentos de assimilação e acomodação que são sintomatizados na hiperacomodação.
No campo pedagógico verificou-se um vínculo negativo com o processo de aprendizagem e com a professora. Quanto à avaliação dos níveis pedagógicos de escrita leitura e calculo encontra-se na fase pré alfabética de nível de escritas alfabéticas.  Não tem capacidade de antecipar uma representação silábica demonstrando uma elaboração de hipóteses silábicas.  Não Tem domínio da orientação convencional da leitura, respeitando a orientação espacial da direita para esquerda e de cima para baixo. Seu vocabulário é reduzido, não sabe lê corretamente a palavra, mas por vezes não identifica seu significado. Sua sintaxe oral é deficiente no que se refere à concordância verbal e nominal. Tem dificuldades na memorização de frases, dígitos e relatos. Realiza cálculos simples com êxito, mas apresenta dificuldades na compreensão e interpretação das perguntas.
Em suma a hipótese diagnóstica evidencia que v. apresenta diagnóstico de dificuldade de aprendizagem decorrente de uma situação patológica (disritmia) vinculada e agravada por fatores afetivos e sociais.
  O processo de intervenção psicopedagógica deve considerar as características individuais de V. respeitando seu ritmo e suas peculiaridades condizentes ao seu desenvolvimento cognitivo, emocional, lingüístico, psicomotor e social.

Portanto, quanto às recomendações necessárias ao desenvolvimento desta criança considera-se um processo de Intervenção Psicopedagógica com inclusão de jogos terapêuticos, técnicas projetivas psicopedagógicas que viabilizem a ressignificação das modalidades de aprendizagem e oportunizem uma aproximação e criação de vínculos afetivos com os elementos da aprendizagem. Busca de superação do modelo de aprendizagem limitado ao princípio de acomodação cognitiva que se encontra descontextualizado da realidade do aluno e pautado no estímulo à dependência e nos recursos básicos da memorização. 

6  PROPOSTA DE INTERVENÇAÕ.
O aluno com dificuldade de aprendizagem exige um atendimento variado que inclui: aulas particulares, aconselhamento profissional especial, desenvolvimento de habilidades básicas, assistência para organizar e desenvolver habilidades de estudo adequadas e/ou atendimento psicopedagógico. Portanto, para melhoria no desempenho escolar de V. algumas recomendações são elencadas:
 Busca de aproximação física com a professora, colocando V. sentada bem próxima a esta durante as aulas, a fim de que os vínculos afetivos com os elementos da aprendizagem possam ser melhorados. Realização de dinâmicas de grupo em sala de aula que visem maior aproximação de V. com os demais alunos da sala. Realização de trabalhos em dupla ou grupos.
 Incentivo a participação de V. as atividades esportivas da escola. Apresenta excelente coordenação motora. Estabelecimento de um horário e um local apropriado para estudo em casa.
As atividades escolares de casa devem ser realizadas diariamente e se necessário com acompanhamento a fim de melhorar o rendimento escolar.  Participação de V. no reforço escolar. Oferecer a V. livros, revistas, gibis, de assuntos que lhe interessam, para diminuir o tempo que fica assistindo televisão. Fazer uma leitura compartilhada em casa e na escola. Envolver V. nas atividades de práticas sociais que exijam habilidades acadêmicas como, por exemplo: lista de compras, escreverem bilhete para mãe ou professora, leitura de um papel de água ou luz, realizar pagamento de faturas, etc.
 Criar atividades contextualizadas de escrita e leitura com a utilização de textos variados para que a construção das hipóteses lingüísticas possa ser elaborada com segurança. Uso de recursos didáticos atraentes que despertem o desejo de aprender. Trabalhar sua independência e autonomia possibilitando seu deslocamento para a escola. 

7  CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Sentindo na pele o papel desempenhado pelo psicopedagogo clinico pude perceber o quanto é valioso fazer o bem ao nosso próximo, intervir na vida de criança com dificuldades de aprendizagem, estimulando as a superar suas limitações e trazendo de volta sua auto-estima, sua alegria é uma das recompensas que o dinheiro não paga. Portanto, é necessário que o psicopedagogo tenha um olhar abrangente sobre as causas das dificuldades de aprendizagem para que venha compreender mais profundamente como ocorre este processo de aprender utilizando-se de uma abordagem mais ampla na qual não se toma apenas um aspecto da pessoa, mas sua integralidade. A esta idéia Piaget (1978 apud BALESTRA, 2007, p. 47) atesta o fato de que a afetividade e a inteligência são indissociáveis e constituem os dois aspectos de toda conduta humana Espero que como professora e psicopedagogo e pela cobrança da inclusão deste profissional no sistema educacional publico de nossa cidade. Sendo a alfabetização célula mãe que norteia toda trajetória do aprendizado e do saber socialmente elaborado e acumulado pela humanidade, é necessário que saia do discurso de programa vultoso e se transforme em prioridade no contexto. Não cabe ao psicopedagogo julgamentos precoce e equivocados e tão menos divisões de atitudes baseadas nos conceito de certo errado, mas sim, um olhar dirigido a um sujeito, que é único, peculiar e tem sua própria história e, portanto suas atitudes ou falta delas são reflexo dessa constituição, mesmo inserido em um cenário social. É necessário, por fim, considerar o sujeito como um corpo; esse que é dotado de conhecimento, de afetos e emoções, de um organismo, de inteligência e de cultura.


REFERÊNCIAS

BALESTRA, Maria Marta. A psicopedagogia em Piaget: uma ponte para a educação da liberdade. Curitiba: Ibpex, 2007. 

CHAMAT, L.S.J. Técnicas de Diagnóstico Psicopedagógico: O diagnóstico Clínico na Abordagem Interacionista. São Paulo: Vetor,2004.

LOPES, Shiderlene Vieira. O processo de avaliação e intervenção em psicopedagogia. Curitiba: Ibpex, 2008.

VISCA, Jorge. Técnicas projetivas Psicopedagógica e pautas gráficas para a sua interpretação Buenos Aires. Visca e Visca, 2008.



 Fonte:http://aparecidapolini.blogspot.com.br/2012/06/relatorio-clinico.html



















sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

SÍNDROME DE IRLEN

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Foi a Dra. Helen Irlen, uma psicóloga americana, a responsável pela descoberta e pelos estudos internacionais sobre uma síndrome é muito pouco difundida no Brasil, apesar de já ser investigada há mais de 25 anos na América do Norte e de haver centros de diagnóstico e tratamento em 42 países. Trata-se da Síndrome de Irlen, que recebeu este nome da doutora Helen.
As pesquisas indicam que cerca de 46% das pessoas com dificuldades escolares têm Síndrome de Irlen, condição que afeta pessoas de todas as idades, com inteligência normal ou superior à média e está relacionada à desorganização, no cérebro, das informações recebidas pelo sistema visual. Sua causa é a sensibilidade a certas ondas de luz, o que provoca, por exemplo, distorções no material de leitura e escrita, resultando em menor qualidade no desempenho escolar e de vida.
A SI, como é comumente chamada, gera dificuldades nas atividades diárias e escolares, pois produz desfocamento, distorções do material gráfico, inversões de letras, trocas de palavras, perda de linhas no texto, desconforto nos olhos, cansaço, distração, sonolência, dores de cabeça, enxaqueca, hiperatividade, irritabilidade, enjôo e fotofobia, tudo isso após um intervalo relativamente curto de esforço despendido no processamento das informações visuais.
Qualquer pessoa, ainda que com a acuidade visual dentro dos padrões de normalidade (ou seja, enxergando bem) tem chances de ser portador da síndrome, já que se trata de uma disfunção da percepção e não uma patologia ligada diretamente aos olhos. Ela está relacionada a déficits na codificação e decodificação das informações visuais pelo sistema nervoso central. É necessário um diagnóstico diferencial por profissionais especializados, uma vez que não pode ser detectada através de exames oftalmológicos de rotina, nem por testes padronizados para verificação de dificuldades de aprendizagem.
Além das intervenções psicopedagógicas e médicas mais comuns, a utilização do Método Irlen – avaliação do problema e indicação de sobreposições coloridas (transparências de acetato) sobre os textos ou filtros seletivos (lentes coloridas) – ajuda indivíduos com problemas comportamentais, emocionais e com dificuldades escolares, pois melhora a fluência da leitura e a atenção sustentada, resolvendo casos de leitura mais lenta e segmentada, com comprometimento de memorização, compreensão e aprendizagem.
Hoje o método Irlen de tratamento vem sendo utilizado em quarenta e dois países e em mais de quatro mil instituições de ensino. Nos Estados Unidos uma resolução adotada em Julho de 2009, durante a Assembléia Geral de NEA – National Education Association, que agrega aproximadamente 3 milhões de trabalhadores na área da educação -, foi aprovada a proposta de que todos os seus membros sejam informados sobra a Síndrome de Irlen e seu tratamento.
No Brasil, a Síndrome de Irlen é conhecida há apenas quatro anos através de cursos oferecidos pela Fundação do Hospital de Olhos de Minas Gerais, instituição privada de direito privado (http://www.fundacaohospitaldeolhos.com.br/), em módulos teórico-práticos sobre a metodologia de diagnóstico e tratamento, onde uma equipe multidisciplinar e avaliadores preparados nos cursos de Capacitação em Síndrome de Irlen forma profissionais para identificar portadores dessa síndrome, apresentando-lhes as características da condição, suas consequências e orientando a sua recuperação.
Fonte:http://saudevisual.com.br/noticias/93-sindrome-de-irlen



Aproveito para lembrar que ainda estão abertas as inscrições: 

Síndrome de Irlen - Entenda por que ler pode ser tão difícil

A XX Edição do Curso será nos dias 21, 22 e 23 de Março 2013

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Khan Academy vai chegar a mais brasileiros

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Será? Bem, gostaria muito de poder vivenciar algo assim. É bem inovador e desafiador. O que você acha querido(a) leitor(a) ?

Khan Academy é uma organização em uma missão. Nós somos uma sem fins lucrativos com o objetivo de mudar a educação para melhor, proporcionando uma educação de classe mundial livre para qualquer um em qualquer lugar.
Todos os recursos do site estão disponíveis para qualquer um. Não importa se você é um estudante, professor, casa-escolar, principal adulto, voltando para a sala de aula depois de 20 anos, ou um estrangeiro amigável apenas tentando obter uma vantagem em biologia terrestre. Khan Academy materiais e recursos estão disponíveis para você totalmente gratuito.

Se o Brasil já era um dos países que mais acessa a Khan Academfy no mundo, depois da passagem de Salman Khan por aqui, a tendência agora é que esse fluxo aumente. E essa expectativa não é a toa. Primeiro, o governo tentou uma aproximação com o educador americano propondo que ele participasse de iniciativas federais e prometendo usar mais suas aulas na rede pública. Na sequência, a Fundação Lemann fechou uma parceria global que deve permitir que mais vídeos sejam traduzidos e que o conteúdo seja adaptado para a realidade brasileira. Além disso, o educador ainda carimba seu passaporte de volta para os Estados Unidos deixando uma semente plantada: a educação não pode ser como antes e será preciso reavaliar o espaço físico das escolas, os processos de certificação e avaliação. Grandes mudanças estão por vir, ele garante.
“Os problemas dos EUA e do Brasil são muito parecidos. Mas lá, não há tanta fome de mudança como estou vendo aqui. Em dez anos, espero que o Brasil seja um caso a ser estudado”, disse Khan, que revelou os planos para a sua plataforma. “Estamos começando muito seriamente a trabalhar com a internacionalização e a regionalização do conteúdo. Temos as duas melhores pessoas do mundo nisso conosco”, disse ele. Apesar de que, “no fim das contas, matemática é matemática”, como brincou o educador, a Khan Academy propõe uma adaptação para que suas ferramentas se aproximem dos mais diferentes currículos nacionais.
 Neste ponto, com a ajuda da Fundação Lemann, o trabalho para o conteúdo brasileiro está começando. Até agora, a Lemann já traduziu 400 vídeos para o português e a previsão é que, nos próximos meses, esse número chegue a 1.000. A parceria, que deve durar cinco anos, não só vai acelerar o processo de tradução, mas também vai trabalhar na adaptação dos currículos para realidades nacionais, brasileira e de outros países. “Vamos beneficiar o Brasil e outros lugares do mundo”, disse Denis Mizne, diretor-executivo da fundação ao anunciar o acordo.
Além dessa expansão, outra perspectiva com a qual Khan vem trabalhando é a de melhorar suas ferramentas de avaliação. Por enquanto, além dos vídeos (se você quiser saber mais como são as aulas, confira o infográfico que o Porvir produziu), a plataforma tem também exercícios de matemática. A intenção é que eles consigam avançar para outras disciplinas, com o desafio de incluir também questões de humanas – área em que Khan começou a se aventurar mais recentemente.
Sementes plantadas
A discussão de como adaptar as ferramentas que vem desenvolvendo a necessidades atuais do ensino permeia toda a fala de Khan. Para ele, os processos educativos devem se tornar cada vez mais personalizados e atentos às capacidades individuais. Por isso, entre as mudanças que defende para o futuro da educação está o fim das salas divididas por série e das aulas organizadas por disciplinas. “Por que não ter, no lugar de um professor falando para 30 alunos, sete professores interagindo com 200 alunos num salão onde cada aluno aprende no seu ritmo?” Apesar de polêmica, a proposta do educador não é futurista: Khan se refere a salas de aula que já existem pelo mundo e que estão sendo apontadas como tendência por outros especialistas como é o caso da escola Campos Salles, de Heliópolis, já apresentada pelo Porvir.
Khan ousa ainda provocar discussões sobre os diplomas e o caro ensino superior americano. Para ele, o diploma deve perder a importância, já que “diz pouco a respeito das reais competências de uma pessoa”. O ideal, diz ele, seria criar avaliações específicas para diferentes habilidades que certificassem se a pessoa sabe programar ou se é um bom comunicador, por exemplo. “Quando vamos contratar uma pessoa, geralmente escolhemos aquela que tem uma boa universidade no currículo, mas isso não garante que ela tenha determinadas habilidades que você procura. Escolhemos um aluno de Harvard porque é Harvard, não necessariamente porque ele é melhor, o que aumenta a desigualdade.”
Com essas certificações por competências, sugere Khan, seria possível diminuir a desigualdade de acesso. “Um aluno de Harvard ou uma pessoa que aprendeu on-line ou na vida teriam a chance de obter a mesma certificação. O que, provavelmente, também diminuiria os altos custos das grandes universidades que estariam competindo com outras formas de aprendizado gratuitas.”
Fonte: http://porvir.org/porfazer/khan-academy-vai-chegar-mais-brasileiros/20130118