"Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo". (Hermann Hesse)
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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
As flores são virtuais, mas o sentimento é real.
Este post, será em agradecimento principalmente aos que seguem o blog, e á todos que visitam somente.
Não tenho palavras para expressar a alegria que sinto em cada
comentário, repleto de carinho e incentivo. Obrigada á todos que estão
gostando das informações que aqui venho compartilhar, espero cada vez mais,
contribuir para nosso crescimento profissional e pessoal. Deixo este espaço
aberto para sugestões. As críticas também são bem vindas, acredito que faz
parte para o meu amadurecimento.
Tem uma frase que gosto muito, inclusive ela está no blog, e diz
assim:
"Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos"..... Este blog não seria assim, se não fosse todos vocês.
Com carinho,
Taismara
"Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos"..... Este blog não seria assim, se não fosse todos vocês.
Obrigada
sempre.
Com carinho,
Taismara
CÓDIGO DE ÉTICA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA - ABPp
Reformulado pelo Conselho Nacional e Nato do biênio 95/96
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS
DOS PRINCÍPIOS
Artigo 1º
A psicopedagogia é um campo de atuação em Saúde e Educação que lida com o processo de aprendizagem humana; seus padrões normais e patológicos, considerando a influência do meio _ família, escola e sociedade _ no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da psicopedagogia.
A psicopedagogia é um campo de atuação em Saúde e Educação que lida com o processo de aprendizagem humana; seus padrões normais e patológicos, considerando a influência do meio _ família, escola e sociedade _ no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da psicopedagogia.
Parágrafo único
A intervenção psicopedagógica é sempre da ordem do conhecimento relacionado com o processo de aprendizagem
Artigo 2º
A Psicopedagogia é de natureza interdisciplinar. Utiliza recursos das várias áreas do conhecimento humano para a compreensão do ato de aprender, no sentido ontogenético e filogenético, valendo-se de métodos e técnicas próprios.
Artigo 3º
O trabalho psicopedagógico é de natureza clínica e institucional, de caráter preventivo e/ou remediativo.
Artigo 4
Estarão em condições de exercício da Psicopedagogia os profissionais graduados em 3º grau, portadores de certificados de curso de Pós-Graduação de Psicopedagogia, ministradoem estabelecimento de ensino oficial e/ou reconhecido, ou mediante direitos adquiridos, sendo indispensável submeter-se à supervisão e aconselhável trabalho de formação pessoal.
Artigo 5
O trabalho psicopedagógico tem como objetivo: (i) promover a aprendizagem, garantindo o bem-estar das pessoas em atendimento profissional, devendo valer-se dos recursos disponíveis, incluindo a relação interprofissional; (ii) realizar pesquisas científicas no campo da Psicopedagogia.
CAPÍTULO II
DAS RENPONSABILIDADES DOS PSICOPEDAGOGOS
Artigo 6º
São deveres fundamentais dos psicopedagogos:
A) Manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e técnicos que tratem o fenômeno da aprendizagem humana;
B) Zelar pelo bom relacionamento com especialistas de outras áreas, mantendo uma atitude crítica, de abertura e respeito em relação às diferentes visões do mundo;
C) Assumir somente as responsabilidades para as quais esteja preparado dentro dos limites da competência psicopedagógica;
D) Colaborar com o progresso da Psicopedagogia;
E) Difundir seus conhecimentos e prestar serviços nas agremiações de classe sempre que possível;
F) Responsabilizar-se pelas avaliações feitas fornecendo ao cliente uma definição clara do seu diagnóstico;
G) Preservar a identidade, parecer e/ou diagnóstico do cliente nos relatos e discussões feitos a título de exemplos e estudos de casos;
H) Responsabilizar-se por crítica feita a colegas na ausência destes;
I) Manter atitude de colaboração e solariedade com colegas sem ser conivente ou acumpliciar-se, de qualquer forma, com o ato ilícito ou calúnia. O respeito e a dignidade na relação profissional são deveres fundamentais do psicopedagogo para a harmonia da classe e manutenção do conceito público.
CAPÍTULO III
DAS RELAÇÕES COM OUTRAS PROFISSÕES
DAS RELAÇÕES COM OUTRAS PROFISSÕES
Artigo 7º
O psicopedagogo procurará manter e desenvolver boas relações com os componentes das diferentes categorias profissionais, observando, para este fim, o seguinte:
A) Trabalhar nos estritos limites das atividades que lhes são reservadas;
B) Reconhecer os casos pertencentes aos demais campos de especialização; encaminhando-os a profissionais habilitados e qualificados para o atendimento;
B) Reconhecer os casos pertencentes aos demais campos de especialização; encaminhando-os a profissionais habilitados e qualificados para o atendimento;
CAPÍTULO IV
DO SIGILIO
Artigo 8º
O psicopedagogo está obrigado a guardar segredo sobre fatos de que tenha conhecimento em decorrência do exercício de sua atividade.
Parágrafo Único
Não se entende como quebra de sigilio, informar sobre cliente a especialistas comprometidos com o atendimento.
Artigo 9º
O psicopedagogo não revelará, como testemunha, fatos de que tenha conhecimento no exercício de seu trabalho, a menos que seja intimado a depor perante autoridade competente.
Artigo 10º
Os resultados de avaliações só serão fornecidos a terceiros interessados, mediante concordância do próprio avaliado ou do seu representante legal
.
.
Artigo 11º
Os prontuários psicopedagógicos são documentos sigilosos e a eles não será franqueado o acesso a pessoas estranhas ao caso.
CAPÍTULO V
DAS PUBLICAÇÕES CIENTIFICAS
Artigo 12º
Na publicação de trabalhos científicos, deverão ser observadas as seguintes normas:
a) A discordância ou críticas deverão ser dirigidas à matéria e não ao autor;
b) Em pesquisa ou trabalho em colaboração, deverá ser dada igual ênfase aos autores, sendo de boa norma dar prioridade na enumeração dos colaboradores àquele que mais contribuir para a realização do trabalho;
c) Em nenhum caso, o psicopedagogo se prevalecerá da posição hierarquia para fazer publicar em seu nome exclusivo, trabalhos executados sob sua orientação;
d) Em todo trabalho científico deve ser indicada a fonte bibliográfica utilizada, bem como esclarecidas as idéias descobertas e ilustrações extraídas de cada autor.
a) A discordância ou críticas deverão ser dirigidas à matéria e não ao autor;
b) Em pesquisa ou trabalho em colaboração, deverá ser dada igual ênfase aos autores, sendo de boa norma dar prioridade na enumeração dos colaboradores àquele que mais contribuir para a realização do trabalho;
c) Em nenhum caso, o psicopedagogo se prevalecerá da posição hierarquia para fazer publicar em seu nome exclusivo, trabalhos executados sob sua orientação;
d) Em todo trabalho científico deve ser indicada a fonte bibliográfica utilizada, bem como esclarecidas as idéias descobertas e ilustrações extraídas de cada autor.
CAPÍTULO VI
DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL
Artigo 13º
O psicopedagogo ao promover publicamente a divulgação de seus serviços, deverá faze-lo com exatidão e honestidade.
Artigo 14º
O psicopedagogo poderá atuar como consultor científico em organizações que visem o lucro com venda de produtos, desde que busque sempre a qualidade dos mesmos.
CAPÍTULO VII
DOS HONORÁRIOS
Artigo 15º
Os honorários deverão ser fixados com cuidado, a fim de que representem justa retribuição ao serviços prestados e devem ser contratados previamente.
CAPÍTULO VIII
DAS RELAÇÕES COM SAÚDE E EDUCAÇÃO
Artigo 16º
O psicopedagogo deve participar e refletir com as autoridades competentes sobre a organização, implantação e execução de projetos de Educação e Saúde Pública relativo às questões psicopedagógicas.
CAPÍTULO IX
DA OBSERVÂNCIA E CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE ÉTICA
Artigo 17º
Cabe ao psicopedagogo, por direito, e não por obrigação, seguir este código.
Artigo 18º
Cabe ao Conselho Nacional da ABPp orientar e zelar pela fiel observância dos princípios éticos da classe.
Artigo 19º
O presente código só poderá ser alterado por proposta do Conselho da ABPp e aprovado em Assembléia Geral.
CAPÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 20º
O presente código de ética entrou em vigor após sua aprovação em Assembléia Geral, realizada no V Encontro e II Congresso de Psicopedagogia da ABPp em 12/07/1992, e sofreu a 1ª alteração proposta pelo Congresso Nacional e Nato no biênio 95/96, sendo aprovado em 19/07/1996, na Assembléia Geral do III Congresso Brasileiro de Psicopedagogia da ABPp, da qual resultou a presente solução.
Fonte;http://www.abpp.com.br/leis_regulamentacao_etica.htm
Fonte;http://www.abpp.com.br/leis_regulamentacao_etica.htm
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Curso de Dislexia de Leitura será nos dias 21, 22 e 23 de março de 2013.
Só para lembrar que as inscrições realizadas até o dia 31/01 terá desconto.
Fonte:
http://www.dislexiadeleitura.com.br/hotsite/novo/evento.php#investimento
domingo, 27 de janeiro de 2013
Escola de pintura
Queridos (as) leitores (as),
Hoje vou colocar
uma pequena parte do 1 capítulo de um livro que eu li e recomendo. Este livro
me foi apresentado por uma das professoras do meu curso de psicopedagogia ainda
no começo, e posso lhes garantir que apesar do título é uma leitura reflexiva e
ao mesmo tempo interessante. A forma como cada um vê as coisas ao seu redor, e
isso incluem nós enquanto educadores. ´
Antes de colocar o
texto, colocarei uma figura, e peço que olhem atentamente, de diversas formas e
imagine o que pode ser para você....
A escola de pintura.
Outro dia um amigo me perguntou o que eu acho que é a vida.
Resposta difícil, não é? Vou contar como respondi.
Imagine uma escola de pintura. Ao entrar, você recebe uma tela em branco e encontra vários alunos pintando. Muitos estão trabalhando há anos, e os quadros são de todos os tipos, desde obras maravilhosas
até telas completamente destruídas. As tintas, pincéis e materiais de pintura estão espalhados por toda a sala, alguns bem acessíveis, outros em locais bem difíceis.
Apesar de ser uma escola, não há professores. É tudo por sua conta.
O que você faria nessa situação? Pegaria qualquer pincel e simplesmente espalharia tintas em sua tela? Observaria os que estão trabalhando e tentaria imitar alguém talentoso? Juntaria sua tela às de outras pessoas e pintaria um grande painel em equipe? Tentaria criar uma obra original e aprender com seus próprios erros? Utilizaria apenas os materiais mais acessíveis ou batalharia para conseguir também os mais difíceis?
Volto a perguntar, o que você faria?
Na minha opinião, a vida é como esta escola de pintura. As pinceladas são as nossas ações.
Às vezes, damos pinceladas de mestre. Usamos o tipo certo de pincel, a mistura correta das cores e movimentos precisos. São as nossas boas ações. Aquelas que nos fazem dormir tranqüilos e com um
sorriso no rosto.
Outras vezes, borramos todo o nosso quadro e pensamos: “Argh! Estraguei tudo. Não tem mais jeito”. Desejamos até jogar a tela fora e parar com tudo. Vamos dormir arrasados e querendo morrer.
É nesta hora que precisamos lembrar da escola de pintura. Não se desespere. Por mais borrado que seu quadro esteja, você sempre pode pegar um pincel limpo, as tintas certas e pintar por cima.
Se você disse algo ruim para alguém, peça perdão. Se fez algo que não deveria, volte lá e conserte. Se deixou passar uma oportunidade de elogiar; procure a pessoa ou pegue o telefone e faça o elogio. Se
teve vontade de acariciar alguém e não o fez, faça-o na próxima vez que encontrá-lo(a) e diga-lhe apenas que está acertando seu quadro; tenho certeza de que você será compreendido.
A única coisa que você não deve fazer é deixar os borrões aparecendo.
Não interessa quão antigos eles sejam. Se estiverem lá; corrija-os.
É corrigindo que aprendemos a não cometê-los e nos tornamos artistas cada vez melhores.
Fazendo assim, não importa se teremos mais duzentos anos ou apenas mais um dia para nossa pintura. Quando formos chamados para expô-la, ela estará perfeita. Talento, tenho certeza, todos nós temos.
Ah, quanto a figura, ela será aquilo que você quer ver, ou se permiti ver.
Para quem tiver interesse, este livro é diferente do que diz o título, não se trata de receitas de poções mágicas, rituais e coisas do tipo.
Ele conta a história de um médico que em um certo momento conhece uma paciente com pneumonia que lhe diz ter um trabalho. Este trabalho ao qual ela se refere, mudará completamente a vida deste homem.
É uma incrível aventura que nos mostra como as coisas mais corriqueiras podem ter vários significados se vistas sob outro prisma.
Livro: O Livro da bruxa- autor: Roberto lopes
Fonte: http://www.luciana-vieira.com/2010/10/o-livro-da-bruxa-1-parte.html
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Síndrome de Asperger – Guia para Pais e Professores
Principais características
clínicas da SA:
·
Ausência de empatia, não por incapacidade mas
por dificuldade em expressar sentimentos;
·
Interacção ingénua, inadequada e unilateral;
· Capacidade reduzida (ou mesmo ausente) para
estabelecer amizades; ou esta é processada de forma particular (mais no sentido
de quererem agradar);
·
Discurso muito formal e repetitivo (muitas
das vezes fora do contexto);
·
Comunicação não verbal pobre;
·
Interesse consistente por determinado
assunto;
·
Fraca coordenação motora e posturas corporais
estranhas ou desajeitadas.
O Diagnóstico da SA:
Fase 1 - Detectar os sinais:
utilização de uma escala de avaliação para pais,
professores e profissionais
de saúde
Fase 2 – Avaliação de
diagnóstico: revisão de aspectos específicos relacionados com as competências
sociais, linguísticas, cognitivas e motoras, bem como de aspectos qualitativos
dos interesses das crianças; bateria de testes; entrevista com os pais para recolha
do historial do desenvolvimento da criança e do seu comportamento em situações
específicas; relatórios dos professores, terapeutas da fala e terapeutas ocupacionais.
Perfil característico das
competências linguísticas:
·
O padrão inclui frequentemente um atraso
ligeiro no início da fala;
·
Quando começam a falar exasperam os pais com
constantes perguntas e monólogos;
·
Erros de pragmática (forma como a linguagem é
utilizada); Linguagem superficialmente expressiva e perfeita;
·
O vocabulário tende a ser fluente e avançado,
a escolha de palavras invulgar e o discurso algo “pomposo” ou formal;
·
Alterações de prosódia e características
vocais peculiares: o tom de voz
revela-se particular e
pronunciam as palavras de forma extremamente precisa, articulando cada um dos
sons;
·
Utilização idiossincrática do vocabulário
(capacidade de fornecer uma
perspectiva inovadora da
linguagem);
·
Podem utilizar incorrectamente os pronomes
pessoais ou, por exemplo, usar o nome próprio em vez de eu ou tu; Alterações na
compreensão, incluindo interpretações literais;
·
Verbalização de pensamentos (o constante
pensar em voz alta).
Critérios de diagnóstico
relevantes para o comportamento social:
Dimensão Indicadores
1. Alteração do
comportamento social
a) Dificuldade de interacção
com os pares
b) Falta de vontade em
interagir com os pares
c) Percepção alterada dos
sinais sociais
d) Comportamento social e
emocional inadequado
2. Alterações da comunicação
não verbal e comportamento social (mínimo 1 indicador)
a) Uso limitado de gestos
b) Linguagem corporal
desajeitada
c) Expressões faciais pouco
variadas
d) Expressões faciais
inadequadas
e) Olhar fixo
Programas de aquisição de
Competências Sociais (sugestão aos pais):
=» Como começar, manter e
terminar uma brincadeira
É importante ter consciência
de que por vezes a criança tem que aprender a
perguntar: “posso brincar?”;
“queres brincar comigo?”; “podem ajudar-me?”; “agora brinco sozinho”... caso
contrário poderão surgir comentários tipo: “ninguém brinca comigo, não gosto de
vocês...”, o que só irá fomentar a falta ou perda de amigos.
=» Flexibilidade, cooperação
e partilha
As crianças com SA gostam de
ter controlo sobre as actividades. Neste sentido, é importante ajudá-la a
tolerar sugestões alternativas ou a inclusão de outras crianças, explicando-lhe
que o que faz não está errado mas que se for partilhado ficará muito melhor
(porque pensado em conjunto).
=» Quando a criança deseja
brincar sozinha
É provável que seja
necessário ensinar-lhe quais os comentários e as atitudes
socialmente adequadas para o
demonstrar. Muitas das vezes estas crianças
apercebem-se que ao agirem
com alguma rispidez ou agressividade garantem o afastamento dos outros. Ao
aprenderem outras formas de o fazer, não só deixarão de ser intituladas de
agressivas, como passarão a ser respeitadas na sua vontade.
=» Explicar o que deveria
ter sido feito
As dificuldades dos
comportamentos relacionais devem-se ao facto de estas crianças não perceberem
os efeitos que tais comportamentos têm nos sentimentos dos outros. Para que não
sejam sentidas como maliciosas, deverá ser explicado como deverão agir e
pedir-lhes que pensem no que iriam sentir se lhes fizessem o mesmo.
=» Convidar amigos para ir a
casa
Planeie com ela actividades
ou até mesmo passeios para fazer com um amigo(a) de forma a que a visita seja
estruturada e bem sucedida. É importante a presença de um adulto para precaver
ou atenuar possíveis efeitos negativos relacionados com as dificuldades ao
nível das competências sociais da criança. Um momento bem passado poderá ser um
forte incentivo para que novas situações se proporcionem.
=» Inscrever a criança em
actividades
Ao inscrevê-la por exemplo
nos escuteiros, grupo de música ou teatro, estará a
alargar as suas experiências
sociais. Estes tipos de actividades têm a vantagem de serem, normalmente
supervisionadas e estruturadas. Deverá no entanto informar o adulto responsável
das características da criança e quais as estratégias de integração mais
eficazes.
Programas de aquisição de
Competências Sociais (sugestão aos professores):
=» Referir outras crianças
para demonstrar comportamentos a observar
A criança pode ser
insubordinada ou intrometida porque desconhece outros padrões de conduta na
sala de aula. Quando tal acontece, experimente dizer-lhe que observe primeiro e
realize depois, partindo do princípio de que os outros estão a agir correctamente.
=» Encorajar jogos e
actividades cooperativas
Provavelmente a criança com
SA necessita de orientação quanto à sua vez de falar, a permitir que todos
tenham oportunidades iguais e a aceitar as sugestões dos colegas.
Em jogos competitivos poderá
desejar ser a primeira, o que não tem a ver com
superioridade mas com a
vontade de saber qual o seu lugar no grupo e com o facto de se sentir
satisfeita.
=» Modelar o relacionamento
com a criança
Os colegas de turma por
vezes sentem-se inseguros perante o comportamento social da criança com SA,
procurando naturalmente nos professores o arquétipo do comportamento a adoptar.
Neste sentido, é importante modelar e encorajar comportamentos tolerantes,
recorrer a actividades de desenvolvimento de competências sociais e reforçar
positivamente a cooperação entre todos.
=» Ensinar a criança a pedir
ajuda. É importante ensiná-la a pedir ajuda a outras crianças, para que o
adulto não seja a única figura a ser vista como fonte de conhecimento e
segurança.
=» Encorajar as amizades
De início, pode ser útil
identificar e encorajar a interacção com um número restrito de colegas que se
mostrem dispostos a ajudar e a brincar com ela. Não interessa se é rapaz ou
rapariga, interessa que sejam potenciais amigos para que a envolvam nas actividades,
dentro e fora da sala de aula. Elas poderão vir a ajudá-la a lidar com situações
de recriminação, a integrá-la nos jogos de grupo, a agir em sua defesa na sala
de aula e a ajudá-la a compreender como tem de proceder quando a professora não
está presente ou disponível. É de facto surpreendente o apoio e a tolerância de
que certas crianças são capazes.
=» Garantir a vigilância no
recreio durante os intervalos
Para a maior parte das
crianças, os melhores momentos do dia na escola é o recreio.
No entanto, a falta de
vigilância e a intensa interacção podem ser negativas para a criança com SA,
tendo em conta a sua vulnerabilidade. Os responsáveis pela supervisão destes
momentos devem ser informados das características da criança de forma a
evitarem possíveis conflitos e a promoverem o envolvimento ou mesmo a sua
necessidade de estar só.
=» Controlar possíveis
efeitos adversos da tensão relacional
A criança pode estar
consciente da necessidade de seguir os códigos de conduta da sala de aula, de
evitar chamar a atenção sobre si mesma e de se comportar como as outras
crianças. Neste sentido, a pressão a que se sente sujeita para estar “enquadrada”
pode conduzir a uma enorme tensão emocional, que quando levada ao limite se
liberta normalmente quando a criança chega a casa, impedindo a harmonia da
estrutura familiar. Sugere-se que os professores permitam à criança actividades
de descontracção antes de regressar a casa (dando-lhes por ex. Jogos com áreas
de interesse) de forma a atenuar a tensão emocional resultante da observação de
regras de comportamento individual e social.
=» Manter os apoios educativos
Muitas das competências de
que carecem as crianças com SA não são ensinadas como componentes específicos
do currículo escolar, sendo essencial que mantenha os apoios educativos, a fim
de lhe proporcionar um ensino individual ou em pequenos grupos e melhorar o seu
comportamento social. Neste apoio o número de horas deve ser estabelecido caso
a caso, tendo sempre em conta as necessidades específicas de cada criança.
» Criar grupos de treino de
competências sociais
Estes grupos permitem
aprender e praticar uma variedade de competências,
recorrendo a actividades de
complemento educativo, como o teatro, ou a programas específicos, conduzidos
por especialistas na SA. Os grupos não devem ser muito grandes para que
beneficiem de um acompanhamento mais individualizado e uma interacção
constante. Deverá ser elaborado um perfil de cada um dos membros do grupo,
estabelecendo as áreas mais e menos fortes de cada um dos elementos. É importante
que as situações sejam analisadas em pormenor, uma vez que só através da sua
descrição é possível conhecer as percepções individuais dos acontecimentos, os
sinais, os motivos e as opções =» não esquecer que as Pessoas com SA podem não entender
completamente os nossos pensamentos e sentimentos em contexto social, o que
também poderá acontecer com outros elementos do grupo.
Sugestão de actividades:
- Representar situações em
que a pessoa sentiu dúvidas quanto à forma de agir ou de falar... ensaiando
opções mais adequadas sugeridas pelos outros elementos do grupo;
- Demonstrar comportamentos
sociais inadequados e pedir a cada um que identifique os erros e dê
alternativas;
- Os registos de vídeo e as
dramatizações são uma forma útil e divertida para
demonstrar o que NÃO deve
ser feito, passando-os antes da demonstração dos comportamentos adequados.
–Estratégias sumárias de
Treino Comportamental Social
·
Aprender a:
- começar, manter e terminar
brincadeiras
- ser flexível, cooperativo
e capaz de partilhar
- isolar-se sem ofender os
outros
·
Explique o que a criança deveria ter feito
·
Encoraje um amigo a brincar com a criança em
casa
·
Inscreva-a em clubes desportivos, grupo de
escuteiros ou associações
·
Ensine-a a observar outras crianças para que
tenha outro tipo de indicações
sobre “o que fazer” e “como
fazer”
·
Encoraje-a a participar em jogos cooperativos
e de competição
·
Modele o modo de relacionamento com os outros
·
Informe-a sobre formas alternativas de pedir
ajuda
·
Encoraje potenciais amizades
·
Proporcione distracções nos intervalos
·
Tenha em atenção os sentimentos e emoções que
não expressa
·
Procure que o seu filho tenha apoios
educativos
·
Utilize os momentos do dia-a-dia para
entender os sinais e a actuação
adequada a situações
específicas
·
Crie grupos de competências sociais para
adolescentes:
- para treinar opções mais
adequadas
- para demonstrar o
comportamento social inadequado
- para encorajar a
auto-revelação e a empatia, através de leitura (poesia,
teatro) e jogos para
aprendizagem da linguagem corporal
·
Projectos e actividades que evidenciem as
qualidades de um bom amigo
·
Ajude a entender emoções:
- explore uma emoção de cada
vez
- ensine a ler os sinais
indicativos de diferentes níveis e emoções e como lhes
responder
- ensine frases que a
criança pode e deve dizer quando se sente confusa. Ajude a expressar emoções:
- use um mediador como guia
visual
- use gravações de vídeo e
representações para obter formas de expressão
mais subtis ou precisas
- use perguntas ou um livro
em forma de diário para encorajar a autorevelação.
Estratégias sumárias para o
desenvolvimento da Linguagem
Pragmática:
·
Aprender
- meios apropriados de
iniciar uma conversa
- a pedir esclarecimentos
quando surgirem dúvidas
- a ter confiança para dizer
que não sabe
·
Ensinar a reconhecer os sinais indicativos do
momento de responder,
interromper ou mudar de
assunto
·
Modelar comentários indicadores de empatia
·
Sussurrar ao ouvido da criança o que ela
devia dizer ao interlocutor
·
Recorrer a actividades de oralidade e de
dramatização
·
Recorrer a exercícios do tipo “momentos do
dia-a-dia” e “conversas em
banda desenhada” para
representação verbal dos diferentes níveis de
comunicação
Interpretação literal:
·
Pensar nas possíveis formas de evitar uma
interpretação inadequada de um
comentário ou instrução
·
Explicar o significado de metáforas ou
figuras de retórica
Prosódia:
·
Ensinar a regular a entoação, o ritmo, as
pausas, a velocidade e o volume da
voz
Linguagem rebuscada:
·
Evitar abstracções e Vocabulário idiossincrático:
·
Aspecto genuinamente criativo da SA a ser
encorajado
Verbalização de pensamentos:
·
Encorajar o sussurrar e o tentar “pensar no
assunto sem falar em voz alta”
Discriminação e alteração
auditiva:
·
Encorajar a criança a pedir a repetição, a simplificação,
a passagem a escrito
ou a reformulação de
instruções
·
Efectuar pausas entre instruções
Fluência verbal:
·
Ter em conta que a ansiedade pode inibir a
oralidade e requer tratamento.
Estratégias sumárias para
lidar com Interesses e Rotinas
Interesses especiais:
·
Facilitam o diálogo
·
Denotam inteligência
·
Ajudam a criar um sentimento de ordem e
consistência
·
Tornam-se uma fonte de prazer e descontracção
Estratégias:
·
Proporcionar um acesso controlado, limitando
o tempo de dedicação às
tarefas favoritas
·
Aplicar as rotinas de forma construtiva para:
- aumentar a motivação
- construir uma hipótese de
projecto vocacional e de maior envolvimento
social
As Rotinas como forma de
reduzir a imprevisibilidade
Estratégias:
·
Tentar estabelecer compromissos
·
Ensinar o conceito de tempo e criar horários
de actividades
·
Reduzir o nível de ansiedade
Motricidade
na SA – capacidades afectadas
·
Locomoção =» na marcha e na corrida as
pessoas com SA têm movimentos desajeitados, parecidos com os de uma “marioneta”
e nas crianças, muitas das vezes o movimento do corpo não é acompanhado pelo
balançar de braços.
·
Jogos de bola =» a capacidade para apanhar e
atirar a bola com precisão parece estar particularmente afectada. Uma das
consequências da falta de habilidade da criança para os jogos de bola é a sua
exclusão da maioria dos jogos colectivos por representar um “estorvo” para a
equipa que integra.
·
Equilíbrio =» que poderá afectar a capacidade
de usar certos equipamentos no recreio ou de fazer determinadas actividades na
ginástica.
·
Destreza manual =» envolve a capacidade para
usar as duas mãos, por ex. aprender a abotoar-se, a vestir-se, a atar os
atacadores dos sapatos, ou a utilizar os talheres; pode ainda envolver a
coordenação de pés e pernas, como o andar de bicicleta. Ensinar a colocar a
“mão sobre a mão” é útil à criança.
·
Caligrafia =» é possível que os professores
tenham de fazer um esforço para perceber algumas das “garatujas” indecifráveis
da criança; esta, por sua vez, tem consciência da “qualidade” da sua caligrafia
e poderá mostrar-se relutante em aceitar actividades que envolvam a escrita.
·
Alteração do ritmo dos movimentos =» o facto
de parecerem impulsivas e incapazes de executar a tarefa de forma lenta e
reflectida, resulta num maior número de erros e na irritabilidade de todos –
criança, pais, professores.
·
Falta de firmeza nas articulações =»
desconhece-se ainda se a falta de
firmeza a nível das
articulações é um problema estrutural ou se se deve a uma
fraca tensão muscular.
Ritmo =» é-lhe extremamente
difícil sincronizar os movimentos rítmicos
com os de outra pessoa durante
o caminhar, ou num acompanhamento
musical.
·
Imitação de movimentos =» durante um diálogo
existe a tendência para
imitar a postura, os gestos
e os maneirismos do interlocutor. Ao que parece,
pessoas com SA reproduzem
meticulosamente as posturas corporais da outra
pessoa, a ponto de a sua
postura se tornar “artificial”.
Estratégias sumárias para
melhorar a Coordenação Motora
Marcha e Corrida
·
Melhorar a coordenação motora dos membros
superiores e inferiores
Jogar à bola
·
Melhorar as competências para agarrar e
atirar, de modo a facilitar a inclusão
da criança nos jogos de
equipa
Equilíbrio
·
Utilizar equipamento de recreio e de ginásio
Destreza manual
·
Modelar os movimentos da mão com a técnica
“mão sobre a mão” i.e., os
pais ou professores pegam
nas mãos ou membros da criança e conduzem-nos
através de determinados
movimentos, retirando esse apoio de forma gradual
Caligrafia
·
Fazer exercícios de correcção
·
Aprender a usar o teclado
·
Rapidez de movimentos
·
Supervisionar e encorajar a diminuição do
ritmo dos movimentos
Falta de firmeza/
imaturidade para manipular objectos
·
Programas de correcção com um Terapeuta
OcupacionalAdaptado por Marta Silva – Psicóloga Clínica Página 12 de 13
·
Alterações motoras
·
Tiques, piscar de olhos, movimentos
involuntários (Síndrome de Tourette)
·
Posturas invulgares, “congelamento” de
movimentos, caminhar arrastado
(exame para diagn. de
Catalepsia ou de características de Parkinson)
·
A pessoa deve ser submetida a exame médico
especializado
Estratégias sumárias para a
Cognição
Teoria Cognitiva
·
Aprender a compreender as perspectivas e
pensamentos dos outros,
recorrendo à representação
de cenários e instruções
·
Encorajá-la a parar e a pensar antes de agir
ou falar, como a pessoa se irá sentir
Memória
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Explorar a capacidade de memorização de
informações factuais e triviais, com jogos e labirintos
Flexibilidade do Pensamento
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Exercitar a pesquisa de estratégias e
soluções alternativas
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Aprender a pedir ajuda, recorrendo se
necessário, a um código secreto
Leitura, ortografia e
cálculo
·
Analisar se ela recorre a estratégias não
convencionais de processamento de informação
·
Se a estratégia alternativa funcionar, há que
aceitá-la e desenvolvê-la, em vez de tentar ensinar estratégias convencionais
·
Evitar as críticas e as manifestações
depreciativas Imaginação
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O mundo imaginário pode ser uma forma de
escape e deleite
Pensamento visual
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Encorajar a visualização, recorrendo a
diagramas e a analogias visuais.Adaptado por Marta Silva – Psicóloga Clínica
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Estratégias sumárias para a
Sensibilidade Sensorial
Sensibilidade auditiva
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Evitar determinados sons
·
Ouvir música poderá camuflar sons
incomodativos
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Treinar a integração auditiva
·
Reduzir ao mínimo os ruídos de fundo, em
especial o de várias pessoas a falar em simultâneo
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Considerar o uso de tampões ou auscultadores
Sensibilidade táctil
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Comprar peças repetidas de vestuário que seja
tolerado
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Recorrer à Terapia de Integração Sensorial
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Recorrer a massagens
Sensibilidade ao paladar
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Evitar regimes alimentares ou privação de
alimentos forçados
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Dar a provar novos alimentos, em vez de
exigir que sejam mastigados e
engolidos
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Introduzir novos alimentos quando a criança
está distraída ou descontraída
Sensibilidade visual
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Evitar a luz intensa
·
Usar óculos de sol
Sensibilidade à dor
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Procurar indicadores comportamentais de dor
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Encorajá-la a dizer quando sente dor
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Ter em atenção que a menor manifestação de
incómodo pode indicar doença
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Explicar-lhe porque é importante falar sobre
a dor que esteja, eventualmente, a sentir.
Adaptado por Marta Silva –
Psicóloga Clínica
Fonte: http://www.diferencas.net/objectos/sa_guiao.pdf