Principais características
clínicas da SA:
·
Ausência de empatia, não por incapacidade mas
por dificuldade em expressar sentimentos;
·
Interacção ingénua, inadequada e unilateral;
· Capacidade reduzida (ou mesmo ausente) para
estabelecer amizades; ou esta é processada de forma particular (mais no sentido
de quererem agradar);
·
Discurso muito formal e repetitivo (muitas
das vezes fora do contexto);
·
Comunicação não verbal pobre;
·
Interesse consistente por determinado
assunto;
·
Fraca coordenação motora e posturas corporais
estranhas ou desajeitadas.
O Diagnóstico da SA:
Fase 1 - Detectar os sinais:
utilização de uma escala de avaliação para pais,
professores e profissionais
de saúde
Fase 2 – Avaliação de
diagnóstico: revisão de aspectos específicos relacionados com as competências
sociais, linguísticas, cognitivas e motoras, bem como de aspectos qualitativos
dos interesses das crianças; bateria de testes; entrevista com os pais para recolha
do historial do desenvolvimento da criança e do seu comportamento em situações
específicas; relatórios dos professores, terapeutas da fala e terapeutas ocupacionais.
Perfil característico das
competências linguísticas:
·
O padrão inclui frequentemente um atraso
ligeiro no início da fala;
·
Quando começam a falar exasperam os pais com
constantes perguntas e monólogos;
·
Erros de pragmática (forma como a linguagem é
utilizada); Linguagem superficialmente expressiva e perfeita;
·
O vocabulário tende a ser fluente e avançado,
a escolha de palavras invulgar e o discurso algo “pomposo” ou formal;
·
Alterações de prosódia e características
vocais peculiares: o tom de voz
revela-se particular e
pronunciam as palavras de forma extremamente precisa, articulando cada um dos
sons;
·
Utilização idiossincrática do vocabulário
(capacidade de fornecer uma
perspectiva inovadora da
linguagem);
·
Podem utilizar incorrectamente os pronomes
pessoais ou, por exemplo, usar o nome próprio em vez de eu ou tu; Alterações na
compreensão, incluindo interpretações literais;
·
Verbalização de pensamentos (o constante
pensar em voz alta).
Critérios de diagnóstico
relevantes para o comportamento social:
Dimensão Indicadores
1. Alteração do
comportamento social
a) Dificuldade de interacção
com os pares
b) Falta de vontade em
interagir com os pares
c) Percepção alterada dos
sinais sociais
d) Comportamento social e
emocional inadequado
2. Alterações da comunicação
não verbal e comportamento social (mínimo 1 indicador)
a) Uso limitado de gestos
b) Linguagem corporal
desajeitada
c) Expressões faciais pouco
variadas
d) Expressões faciais
inadequadas
e) Olhar fixo
Programas de aquisição de
Competências Sociais (sugestão aos pais):
=» Como começar, manter e
terminar uma brincadeira
É importante ter consciência
de que por vezes a criança tem que aprender a
perguntar: “posso brincar?”;
“queres brincar comigo?”; “podem ajudar-me?”; “agora brinco sozinho”... caso
contrário poderão surgir comentários tipo: “ninguém brinca comigo, não gosto de
vocês...”, o que só irá fomentar a falta ou perda de amigos.
=» Flexibilidade, cooperação
e partilha
As crianças com SA gostam de
ter controlo sobre as actividades. Neste sentido, é importante ajudá-la a
tolerar sugestões alternativas ou a inclusão de outras crianças, explicando-lhe
que o que faz não está errado mas que se for partilhado ficará muito melhor
(porque pensado em conjunto).
=» Quando a criança deseja
brincar sozinha
É provável que seja
necessário ensinar-lhe quais os comentários e as atitudes
socialmente adequadas para o
demonstrar. Muitas das vezes estas crianças
apercebem-se que ao agirem
com alguma rispidez ou agressividade garantem o afastamento dos outros. Ao
aprenderem outras formas de o fazer, não só deixarão de ser intituladas de
agressivas, como passarão a ser respeitadas na sua vontade.
=» Explicar o que deveria
ter sido feito
As dificuldades dos
comportamentos relacionais devem-se ao facto de estas crianças não perceberem
os efeitos que tais comportamentos têm nos sentimentos dos outros. Para que não
sejam sentidas como maliciosas, deverá ser explicado como deverão agir e
pedir-lhes que pensem no que iriam sentir se lhes fizessem o mesmo.
=» Convidar amigos para ir a
casa
Planeie com ela actividades
ou até mesmo passeios para fazer com um amigo(a) de forma a que a visita seja
estruturada e bem sucedida. É importante a presença de um adulto para precaver
ou atenuar possíveis efeitos negativos relacionados com as dificuldades ao
nível das competências sociais da criança. Um momento bem passado poderá ser um
forte incentivo para que novas situações se proporcionem.
=» Inscrever a criança em
actividades
Ao inscrevê-la por exemplo
nos escuteiros, grupo de música ou teatro, estará a
alargar as suas experiências
sociais. Estes tipos de actividades têm a vantagem de serem, normalmente
supervisionadas e estruturadas. Deverá no entanto informar o adulto responsável
das características da criança e quais as estratégias de integração mais
eficazes.
Programas de aquisição de
Competências Sociais (sugestão aos professores):
=» Referir outras crianças
para demonstrar comportamentos a observar
A criança pode ser
insubordinada ou intrometida porque desconhece outros padrões de conduta na
sala de aula. Quando tal acontece, experimente dizer-lhe que observe primeiro e
realize depois, partindo do princípio de que os outros estão a agir correctamente.
=» Encorajar jogos e
actividades cooperativas
Provavelmente a criança com
SA necessita de orientação quanto à sua vez de falar, a permitir que todos
tenham oportunidades iguais e a aceitar as sugestões dos colegas.
Em jogos competitivos poderá
desejar ser a primeira, o que não tem a ver com
superioridade mas com a
vontade de saber qual o seu lugar no grupo e com o facto de se sentir
satisfeita.
=» Modelar o relacionamento
com a criança
Os colegas de turma por
vezes sentem-se inseguros perante o comportamento social da criança com SA,
procurando naturalmente nos professores o arquétipo do comportamento a adoptar.
Neste sentido, é importante modelar e encorajar comportamentos tolerantes,
recorrer a actividades de desenvolvimento de competências sociais e reforçar
positivamente a cooperação entre todos.
=» Ensinar a criança a pedir
ajuda. É importante ensiná-la a pedir ajuda a outras crianças, para que o
adulto não seja a única figura a ser vista como fonte de conhecimento e
segurança.
=» Encorajar as amizades
De início, pode ser útil
identificar e encorajar a interacção com um número restrito de colegas que se
mostrem dispostos a ajudar e a brincar com ela. Não interessa se é rapaz ou
rapariga, interessa que sejam potenciais amigos para que a envolvam nas actividades,
dentro e fora da sala de aula. Elas poderão vir a ajudá-la a lidar com situações
de recriminação, a integrá-la nos jogos de grupo, a agir em sua defesa na sala
de aula e a ajudá-la a compreender como tem de proceder quando a professora não
está presente ou disponível. É de facto surpreendente o apoio e a tolerância de
que certas crianças são capazes.
=» Garantir a vigilância no
recreio durante os intervalos
Para a maior parte das
crianças, os melhores momentos do dia na escola é o recreio.
No entanto, a falta de
vigilância e a intensa interacção podem ser negativas para a criança com SA,
tendo em conta a sua vulnerabilidade. Os responsáveis pela supervisão destes
momentos devem ser informados das características da criança de forma a
evitarem possíveis conflitos e a promoverem o envolvimento ou mesmo a sua
necessidade de estar só.
=» Controlar possíveis
efeitos adversos da tensão relacional
A criança pode estar
consciente da necessidade de seguir os códigos de conduta da sala de aula, de
evitar chamar a atenção sobre si mesma e de se comportar como as outras
crianças. Neste sentido, a pressão a que se sente sujeita para estar “enquadrada”
pode conduzir a uma enorme tensão emocional, que quando levada ao limite se
liberta normalmente quando a criança chega a casa, impedindo a harmonia da
estrutura familiar. Sugere-se que os professores permitam à criança actividades
de descontracção antes de regressar a casa (dando-lhes por ex. Jogos com áreas
de interesse) de forma a atenuar a tensão emocional resultante da observação de
regras de comportamento individual e social.
=» Manter os apoios educativos
Muitas das competências de
que carecem as crianças com SA não são ensinadas como componentes específicos
do currículo escolar, sendo essencial que mantenha os apoios educativos, a fim
de lhe proporcionar um ensino individual ou em pequenos grupos e melhorar o seu
comportamento social. Neste apoio o número de horas deve ser estabelecido caso
a caso, tendo sempre em conta as necessidades específicas de cada criança.
» Criar grupos de treino de
competências sociais
Estes grupos permitem
aprender e praticar uma variedade de competências,
recorrendo a actividades de
complemento educativo, como o teatro, ou a programas específicos, conduzidos
por especialistas na SA. Os grupos não devem ser muito grandes para que
beneficiem de um acompanhamento mais individualizado e uma interacção
constante. Deverá ser elaborado um perfil de cada um dos membros do grupo,
estabelecendo as áreas mais e menos fortes de cada um dos elementos. É importante
que as situações sejam analisadas em pormenor, uma vez que só através da sua
descrição é possível conhecer as percepções individuais dos acontecimentos, os
sinais, os motivos e as opções =» não esquecer que as Pessoas com SA podem não entender
completamente os nossos pensamentos e sentimentos em contexto social, o que
também poderá acontecer com outros elementos do grupo.
Sugestão de actividades:
- Representar situações em
que a pessoa sentiu dúvidas quanto à forma de agir ou de falar... ensaiando
opções mais adequadas sugeridas pelos outros elementos do grupo;
- Demonstrar comportamentos
sociais inadequados e pedir a cada um que identifique os erros e dê
alternativas;
- Os registos de vídeo e as
dramatizações são uma forma útil e divertida para
demonstrar o que NÃO deve
ser feito, passando-os antes da demonstração dos comportamentos adequados.
–Estratégias sumárias de
Treino Comportamental Social
·
Aprender a:
- começar, manter e terminar
brincadeiras
- ser flexível, cooperativo
e capaz de partilhar
- isolar-se sem ofender os
outros
·
Explique o que a criança deveria ter feito
·
Encoraje um amigo a brincar com a criança em
casa
·
Inscreva-a em clubes desportivos, grupo de
escuteiros ou associações
·
Ensine-a a observar outras crianças para que
tenha outro tipo de indicações
sobre “o que fazer” e “como
fazer”
·
Encoraje-a a participar em jogos cooperativos
e de competição
·
Modele o modo de relacionamento com os outros
·
Informe-a sobre formas alternativas de pedir
ajuda
·
Encoraje potenciais amizades
·
Proporcione distracções nos intervalos
·
Tenha em atenção os sentimentos e emoções que
não expressa
·
Procure que o seu filho tenha apoios
educativos
·
Utilize os momentos do dia-a-dia para
entender os sinais e a actuação
adequada a situações
específicas
·
Crie grupos de competências sociais para
adolescentes:
- para treinar opções mais
adequadas
- para demonstrar o
comportamento social inadequado
- para encorajar a
auto-revelação e a empatia, através de leitura (poesia,
teatro) e jogos para
aprendizagem da linguagem corporal
·
Projectos e actividades que evidenciem as
qualidades de um bom amigo
·
Ajude a entender emoções:
- explore uma emoção de cada
vez
- ensine a ler os sinais
indicativos de diferentes níveis e emoções e como lhes
responder
- ensine frases que a
criança pode e deve dizer quando se sente confusa. Ajude a expressar emoções:
- use um mediador como guia
visual
- use gravações de vídeo e
representações para obter formas de expressão
mais subtis ou precisas
- use perguntas ou um livro
em forma de diário para encorajar a autorevelação.
Estratégias sumárias para o
desenvolvimento da Linguagem
Pragmática:
·
Aprender
- meios apropriados de
iniciar uma conversa
- a pedir esclarecimentos
quando surgirem dúvidas
- a ter confiança para dizer
que não sabe
·
Ensinar a reconhecer os sinais indicativos do
momento de responder,
interromper ou mudar de
assunto
·
Modelar comentários indicadores de empatia
·
Sussurrar ao ouvido da criança o que ela
devia dizer ao interlocutor
·
Recorrer a actividades de oralidade e de
dramatização
·
Recorrer a exercícios do tipo “momentos do
dia-a-dia” e “conversas em
banda desenhada” para
representação verbal dos diferentes níveis de
comunicação
Interpretação literal:
·
Pensar nas possíveis formas de evitar uma
interpretação inadequada de um
comentário ou instrução
·
Explicar o significado de metáforas ou
figuras de retórica
Prosódia:
·
Ensinar a regular a entoação, o ritmo, as
pausas, a velocidade e o volume da
voz
Linguagem rebuscada:
·
Evitar abstracções e Vocabulário idiossincrático:
·
Aspecto genuinamente criativo da SA a ser
encorajado
Verbalização de pensamentos:
·
Encorajar o sussurrar e o tentar “pensar no
assunto sem falar em voz alta”
Discriminação e alteração
auditiva:
·
Encorajar a criança a pedir a repetição, a simplificação,
a passagem a escrito
ou a reformulação de
instruções
·
Efectuar pausas entre instruções
Fluência verbal:
·
Ter em conta que a ansiedade pode inibir a
oralidade e requer tratamento.
Estratégias sumárias para
lidar com Interesses e Rotinas
Interesses especiais:
·
Facilitam o diálogo
·
Denotam inteligência
·
Ajudam a criar um sentimento de ordem e
consistência
·
Tornam-se uma fonte de prazer e descontracção
Estratégias:
·
Proporcionar um acesso controlado, limitando
o tempo de dedicação às
tarefas favoritas
·
Aplicar as rotinas de forma construtiva para:
- aumentar a motivação
- construir uma hipótese de
projecto vocacional e de maior envolvimento
social
As Rotinas como forma de
reduzir a imprevisibilidade
Estratégias:
·
Tentar estabelecer compromissos
·
Ensinar o conceito de tempo e criar horários
de actividades
·
Reduzir o nível de ansiedade
Motricidade
na SA – capacidades afectadas
·
Locomoção =» na marcha e na corrida as
pessoas com SA têm movimentos desajeitados, parecidos com os de uma “marioneta”
e nas crianças, muitas das vezes o movimento do corpo não é acompanhado pelo
balançar de braços.
·
Jogos de bola =» a capacidade para apanhar e
atirar a bola com precisão parece estar particularmente afectada. Uma das
consequências da falta de habilidade da criança para os jogos de bola é a sua
exclusão da maioria dos jogos colectivos por representar um “estorvo” para a
equipa que integra.
·
Equilíbrio =» que poderá afectar a capacidade
de usar certos equipamentos no recreio ou de fazer determinadas actividades na
ginástica.
·
Destreza manual =» envolve a capacidade para
usar as duas mãos, por ex. aprender a abotoar-se, a vestir-se, a atar os
atacadores dos sapatos, ou a utilizar os talheres; pode ainda envolver a
coordenação de pés e pernas, como o andar de bicicleta. Ensinar a colocar a
“mão sobre a mão” é útil à criança.
·
Caligrafia =» é possível que os professores
tenham de fazer um esforço para perceber algumas das “garatujas” indecifráveis
da criança; esta, por sua vez, tem consciência da “qualidade” da sua caligrafia
e poderá mostrar-se relutante em aceitar actividades que envolvam a escrita.
·
Alteração do ritmo dos movimentos =» o facto
de parecerem impulsivas e incapazes de executar a tarefa de forma lenta e
reflectida, resulta num maior número de erros e na irritabilidade de todos –
criança, pais, professores.
·
Falta de firmeza nas articulações =»
desconhece-se ainda se a falta de
firmeza a nível das
articulações é um problema estrutural ou se se deve a uma
fraca tensão muscular.
Ritmo =» é-lhe extremamente
difícil sincronizar os movimentos rítmicos
com os de outra pessoa durante
o caminhar, ou num acompanhamento
musical.
·
Imitação de movimentos =» durante um diálogo
existe a tendência para
imitar a postura, os gestos
e os maneirismos do interlocutor. Ao que parece,
pessoas com SA reproduzem
meticulosamente as posturas corporais da outra
pessoa, a ponto de a sua
postura se tornar “artificial”.
Estratégias sumárias para
melhorar a Coordenação Motora
Marcha e Corrida
·
Melhorar a coordenação motora dos membros
superiores e inferiores
Jogar à bola
·
Melhorar as competências para agarrar e
atirar, de modo a facilitar a inclusão
da criança nos jogos de
equipa
Equilíbrio
·
Utilizar equipamento de recreio e de ginásio
Destreza manual
·
Modelar os movimentos da mão com a técnica
“mão sobre a mão” i.e., os
pais ou professores pegam
nas mãos ou membros da criança e conduzem-nos
através de determinados
movimentos, retirando esse apoio de forma gradual
Caligrafia
·
Fazer exercícios de correcção
·
Aprender a usar o teclado
·
Rapidez de movimentos
·
Supervisionar e encorajar a diminuição do
ritmo dos movimentos
Falta de firmeza/
imaturidade para manipular objectos
·
Programas de correcção com um Terapeuta
OcupacionalAdaptado por Marta Silva – Psicóloga Clínica Página 12 de 13
·
Alterações motoras
·
Tiques, piscar de olhos, movimentos
involuntários (Síndrome de Tourette)
·
Posturas invulgares, “congelamento” de
movimentos, caminhar arrastado
(exame para diagn. de
Catalepsia ou de características de Parkinson)
·
A pessoa deve ser submetida a exame médico
especializado
Estratégias sumárias para a
Cognição
Teoria Cognitiva
·
Aprender a compreender as perspectivas e
pensamentos dos outros,
recorrendo à representação
de cenários e instruções
·
Encorajá-la a parar e a pensar antes de agir
ou falar, como a pessoa se irá sentir
Memória
·
Explorar a capacidade de memorização de
informações factuais e triviais, com jogos e labirintos
Flexibilidade do Pensamento
·
Exercitar a pesquisa de estratégias e
soluções alternativas
·
Aprender a pedir ajuda, recorrendo se
necessário, a um código secreto
Leitura, ortografia e
cálculo
·
Analisar se ela recorre a estratégias não
convencionais de processamento de informação
·
Se a estratégia alternativa funcionar, há que
aceitá-la e desenvolvê-la, em vez de tentar ensinar estratégias convencionais
·
Evitar as críticas e as manifestações
depreciativas Imaginação
·
O mundo imaginário pode ser uma forma de
escape e deleite
Pensamento visual
·
Encorajar a visualização, recorrendo a
diagramas e a analogias visuais.Adaptado por Marta Silva – Psicóloga Clínica
Página 13 de 13
Estratégias sumárias para a
Sensibilidade Sensorial
Sensibilidade auditiva
·
Evitar determinados sons
·
Ouvir música poderá camuflar sons
incomodativos
·
Treinar a integração auditiva
·
Reduzir ao mínimo os ruídos de fundo, em
especial o de várias pessoas a falar em simultâneo
·
Considerar o uso de tampões ou auscultadores
Sensibilidade táctil
·
Comprar peças repetidas de vestuário que seja
tolerado
·
Recorrer à Terapia de Integração Sensorial
·
Recorrer a massagens
Sensibilidade ao paladar
·
Evitar regimes alimentares ou privação de
alimentos forçados
·
Dar a provar novos alimentos, em vez de
exigir que sejam mastigados e
engolidos
·
Introduzir novos alimentos quando a criança
está distraída ou descontraída
Sensibilidade visual
·
Evitar a luz intensa
·
Usar óculos de sol
Sensibilidade à dor
·
Procurar indicadores comportamentais de dor
·
Encorajá-la a dizer quando sente dor
·
Ter em atenção que a menor manifestação de
incómodo pode indicar doença
·
Explicar-lhe porque é importante falar sobre
a dor que esteja, eventualmente, a sentir.
Adaptado por Marta Silva –
Psicóloga Clínica
Fonte: http://www.diferencas.net/objectos/sa_guiao.pdf