Este Guia tem o objetivo de fornecer uma
orientação inicial básica para os Pais que, tendo um filho portador de
necessidades especiais, muitas vezes, ficam sem saber qual deverá ser o
encaminhamento para o tratamento mais adequado.
É muito difícil escrever sobre sentimentos
e necessidades, e não há a pretensão de abranger toda a complexidade
do assunto, mas sim auxiliá-lo nos primeiros passos para compreender um pouco
mais as necessidades de seu filho. A presença de uma pessoa portadora de
deficiência na família exigirá uma redefinição de papéis, mudanças de atitudes,
valores e novos estilos de vida, ou seja, a família terá que lidar não somente
com as pressões internas, mas também com aquelas exercidas pelas forças sociais
externas.
A família passa por várias fases neste processo de
compreensão / adaptação / aceitação do filho deficiente,e a partir do momento
em que começa a perceber as necessidades da criança, inicia uma busca por
informação, esclarecimentos e orientações. Após o choque inicial, a família
deve procurar observar de forma realista o estado de evolução de seu filho e
buscar mecanismos que o ajudem a desenvolver ao máximo sua capacidade.
Você poderá encontrar aqui algumas respostas às
suas ansiedades e também obter uma orientação inicial de como procurar um
profissional ou a instituição mais adequados.
Lembre-se, a menos que você diga, ninguém saberá
que você e sua criança precisam de ajuda.
Crianças com deficiência reagem a menos estímulos
do ambiente, e suas respostas a estes estímulos são demoradas, necessitando de
trabalho contínuo para que possam tirar proveito das experiências. Assim, desde
o início, a criança e sua família ficam em contato com diversos profissionais
ligados à área de saúde e educação, que, cada qual na sua especialidade, pode
oferecer orientações quanto aos cuidados necessários, além de estímulos
adequados, como higienização, alimentação, comunicação e acima de tudo,
facilitar o dia-a-dia da família. A educação e o suporte familiar são os
fatores mais importantes no desenvolvimento da criança deficiente.
O PORTADOR DE
NECESSIDADES ESPECIAIS
A deficiência compreende uma anomalia do corpo
humano, podendo ser longa ou permanente, que de alguma forma dificulta ou
impede o indivíduo na realização de determinadas ações. Assim, pode causar
certa incapacidade no rendimento de suas atividades. Esta incapacidade gera
limitações como diminuição de autonomia, mobilidade, atividades de lazer,
integração social, independência e conduta.
Os tipos de deficiência são: Física, Mental,
Auditiva, Visual e Múltipla. O termo “Portador de Necessidades Especiais”
abrange todos os tipos de deficiência, uma vez que todos os deficientes, sejam
eles mentais ou físicos, possuem necessidades diferentes. Neste guia
será abordado apenas os assuntos relacionados à Deficiência Mental e Transtorno
Abrangente do Desenvolvimento.
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Existem
características comuns ao desenvolvimento de todas as crianças consideradas
normais. Assim sendo, podem ser estabelecidos certos padrões esperados para
cada idade.
É importante lembrar que as crianças herdam
características de seus pais, mas são também influenciadas pelas experiências
proporcionadas pelo ambiente em que vivem. Seu desenvolvimento, portanto, está
condicionado por diversos fatores.
A seqüência apresentada a seguir aborda alguns
aspectos do desenvolvimento normal e possibilita a identificação da fase em que
seu filho se encontra.
Fases do Desenvolvimento Infantil
1º mês 2º a 3º mês
Não sustenta a
cabeça;
Mãos fechadas;
Membros inferiores em flexão;
Movimentos reflexos;
Reflexos de sucção;
Sorriso reflexo de satisfação interna.
Pode manter a cabeça reta;
Apresenta movimentos oculares;
Ergue a cabeça a 45 graus;
A mão pode ser aberta passivamente;
Acompanha com os olhos objetos próximos;
Segura objeto colocado na mão;
Volta a cabeça para sons suaves.
3º mês 3º a 4º mês
Sustenta melhor a
cabeça;
Ergue a cabeça a 90 graus, estando de bruços;
Apoia-se sobre o ante braço, cotovelos e dedos
flexionados;
Mãos abertas - busca com as mãos;
Vê, brinca, suga dedos e mãos.
Controla a cabeça;
Pega objetos com a mão inteira quando oferecidos
(preensão palmar);
Tenta alcançar objetos e freqüentemente erra o
alvo;
Ri alto
4º a 5º mês 5º a 6º mês
Mantido na
vertical sustenta parte do peso e dá
pulinhos no colo;
Solta objetos que estão nas mãos;
Manipula com as duas mãos ao mesmo tempo;
Olha ao redor;
Leva tudo à boca;
Solta um objeto quando é oferecido outro.
Ergue a cabeça e os ombros;
Apoia-se com os braços e com as mãos estendidas;
Estando de barriga para baixo vira-se para cima;
Mantido na vertical salta na ponta dos dedos;
Transfere os objetos de uma mão para outra;
Segura os pés;
Olha objetos e busca alcançá-los.
6º a 7º mês 7º a 8º mês
Estando de barriga para cima vira para baixo;
Alcança e agarra tudo;
Bate objetos;
Olhos acompanham rapidamente mudando ofoco;
Percebe texturas diferentes com a ponta dos dedos;
Sorri para a própria imagem no espelho.
Protege-se quando sente que vai cair;
Senta por algum tempo com costas retas e apoio das
mãos;
Segura dois objetos;
Atira tudo para o chão;
Procura objetos que caem;
Mantido na vertical fica em pé e realiza movimentos
de marcha.
8º a 9º mês 9º a 10º mês
Rasteja sobre o
abdomen;
Senta por longo tempo;
Inclina-se para frente e para o lado;
Inicia preensão com os dedos;
Brinca de dar e pegar;
Olha cuidadosamente para as coisas antes de tentar
alcançá-las;
Compreende uma palavra isolada;
Estende os braços para ser carregado;
Encontra algo escondido debaixo de um pano
(noção de permanência do objeto).
Senta sozinho;
Fica de pé com apoio;
Move objetos para frente e para trás
horizontalmente;
Imita sons;
Reconhece objetos.
10º a 11º mês 11º a 12º mês
Engatinha sobre
mãos e joelhos;
Segura contas com os dedos;
Levanta-se segurando na mobília.
Começa a dar os primeiros passos;
Dá alguns passos sendo seguro pelas mãos;
Obedece a algumas ordens como: “não”, “vem”,etc.
Aponta.
12º a 15º mês 15º a 18º mês
Fica de pé;
Inicia a comer com a colher;
Não leva mais tudo à boca;
Pronuncia uma palavra corretamente;
Compreende que as coisas e as pessoas têm nome;
Estende as pernas quando está sendo vestido.
Sobe escadas;
Caminha com pés separados;
Localiza rapidamente os sons;
Compreende algumas frases simples.
18º a 24º mês
Desce escadas
engatinhando para trás;
Sobe escadas de pé, sozinho, segurando no corrimão;
”Corre” desajeitadamente;
Caminha lateralmente;
Chuta bola;
”Salta” desajeitadamente quando segura por ambas as
mãos;
Come com a colher;
Arremessa, mas sem direção definida;
Ajuda a despir-se;
Leva a mão ao lugar dolorido;
Balbucia imitando o tom e o ritmo da mãe;
Repete sons;
Fala frases de duas palavras;
Compreende frases curtas;
Localiza sons em outra sala;
Aponta para algumas partes do corpo.
Distúrbios
do Desenvolvimento Infantil
Nem sempre o
desenvolvimento de uma criança ocorre de maneira considerada normal. Através da
comparação com o desenvolvimento da maioria das crianças podemos observar
alguns fatos ou
comportamentos que se desviam dos padrões de
normalidade. Quando um atraso no desenvolvimento físico, mental, emocional ou
na aquisição da fala for observado é conveniente consultar o pediatra, que
poderá confirmar ou não a suspeita de um problema.
Podem ocorrer atrasos globais ou específicos. Uma
criança pode apresentar desenvolvimento físico normal e não falar, ou falar bem
e não aprender. Mesmo possuindo inteligência normal, pode ter dificuldades
específicas, que estejam impedindo a aprendizagem. Todos os atrasos merecem
atenção, pois a criança pode precisar de ajuda para superá-los.
Quanto mais cedo a deficiência mental ou algum tipo
de transtorno do desenvolvimento for diagnosticado, maior será a possibilidade
de se evitar o sofrimento emocional causado por exigências inadequadas às quais
a criança não poderia corresponder.
Através dos recursos proporcionados por uma
educação adequada, uma criança pode aprender tudo o que seu potencial permitir
e desenvolver habilidades básicas indispensáveis para que seu desempenho se
aproxime da normalidade. Problemas de comportamento, agitação excessiva ou
agressividade podem ter causas que permitam serem tratadas. Mesmo que sua
origem seja apenas conseqüência de fatores ambientais, uma orientação
psicológica ou educacional poderá ajudar a resolver o problema. E, quando já no
momento do nascimento, alguma anormalidade for constatada, a ajuda deve ser
imediata, pois quanto mais cedo o problema for enfrentado, maiores serão as
chances de progresso.
É sempre bom lembrar que, embora uma situação seja
nova para nós, muitas outras pessoas já viveram situações semelhantes ou já
dedicaram muitos anos de sua vida a estudar estas questões, sendo, portanto,
úteis para esclarecer dúvidas e apontar caminhos. Você pode recorrer a elas.
COMO AJUDAR SEU FILHO
Se você percebeu que seu filho não está se
desenvolvendo como as outras crianças, notou que há algo de diferente nele...
⇒
Investigue, pois existem muitas alternativas que podem estar ocorrendo. A
primeira delas é que você pode estar enganada. Não sofra antes da hora.
⇒
O próximo passo a ser dado é marcar uma consulta no pediatra de sua confiança,
pois ele poderá orientá-lo quanto à necessidade de buscar outros especialistas.
⇒
O neurologista orientará quanto ao tratamento clínico mais adequado para o seu
filho.
⇒
Quanto mais cedo iniciar o atendimento, maiores serão as chances de conseguir
bons resultados.
⇒
A melhor maneira de superar este choque, é enfrentá-lo.
⇒
Pergunte ao médico e aos terapêutas o que você deverá fazer para ajudar seu
filho a cada dia.
⇒
Ele precisa brincar com você e você pode dar oportunidade para que ele se torne
cada vez mais independente.
⇒
Família e amigos, assistentes sociais, médicos e terapêutas podem dividir suas
preocupações com você.
⇒
Crianças com necessidades especiais precisam de suporte constante e
encorajamento de toda a família, mãe, pai, irmãos, irmãs.
⇒
Lembre-se que seu filho fará progressos e você encontrará a felicidade de uma
maneira inesperada.
⇒
As necessidades de seu filho irão mudar quando ele crescer. Certifique-se que
vocês estão
completamente informados sobre como estimular seu
desenvolvimento e sua independência.
⇒
Se você tiver dúvidas, não hesite, pergunte !
ONDE ESCLARECER DÚVIDAS, A QUEM PROCURAR?
Para que seu filho
tenha o melhor desenvolvimento possível, você deve recorrer a serviços
profissionais. Nas próximas páginas você vai encontrar uma breve descrição dos
serviços que podem auxiliá-lo.
Atendimentos médicos:
Pediatra: É aquele que atende e acompanha a criança
desde o nascimento. Faz diagnóstico e tratamento de doenças de uma maneira
geral. É muito importante a presença de um pediatra na hora do nascimento e no
acompanhamento do desenvolvimento da criança.
Neurologista: Tem como especialidade a avaliação e
o tratamento de hiperatividade, disfunções cerebrais, problemas de atenção,
convulsões e problemas motores, entre outros. No caso de ser observada alguma
lentidão ou anormalidade no desenvolvimento da criança, uma consulta ao
neurologista é aconselhável.
Fisiatra: Tem como especialidade o diagnóstico e
tratamento através da medicina física, visando a
reabilitação.
Psiquiatra: Tem como especialidade o diagnóstico e
tratamento dos distúrbios mentais.
Geneticista: Tem como especialidade o diagnóstico
das causas e síndromes genéticas através de exames genéticos específicos. Ele
irá averiguar se você corre ou não o risco de ter outros filhos com problemas
de ordem hereditária.
Atendimentos Clínicos:
Psicologia: Tem como objetivo a avaliação dos
aspectos emocionais e intelectuais. É o psicólogo que aplica testes de
inteligência e faz psicoterapia, quando necessário. Em muitos casos os
distúrbios de conduta podem ser agravados quando se tem um maior nível de
consciência das próprias limitações. Esta consciência pode levar a pessoa a um
estado de desorganização geral ou, ainda, em casos extremos, a um estado
depressivo onde o indivíduo pode perder o interesse pelo ambiente.
Psicopedagogia: Tem como função o diagnóstico e
terapia das dificuldades de aprendizagem.
Fonoaudiologia: Tem como função o diagnóstico e o
tratamento das alterações e/ou defasagens do
desenvolvimento da fala.
Terapia Ocupacional: O Terapeuta Ocupacional atua
na prevenção da incapacidade, através de estratégias adequadas que visam
proporcionar ao indivíduo o máximo de desempenho e autonomia em suas funções
pessoais, sociais e profissionais. Se necessário, estuda e desenvolve
adaptações que contribuem para a melhoria da qualidade de vida. Avaliação,
tratamento, habilitação e reabilitação de indivíduos com disfunção física,
mental, atraso no desenvolvimento neuromotor e social.
Fisioterapia: Tem como objetivo a reabilitação
física e o estímulo em caso de atraso no desenvolvimento físico.
Atendimento Escolar:
Existem algumas possibilidades de atendimento
escolar para portadores de necessidades especiais:Escolas públicas/particulares
de ensino regular com salas especiais, inclusão em salas normais e Escolas
Especiais. Há ainda as oficinas pedagógicas ou oficinas de trabalho protegido,
locais para portadores de deficiência mental já adultos ou menos comprometidos
e que possuam habilidades.
Oficinas Pedagógicas ou Oficinas de Trabalho
Protegido
Geralmente nas escolas especializadas existem
oficinas pedagógicas, locais em que são trabalhadas habilidades motoras básicas
e são descobertos interesses dos aprendizes. Nessas oficinas seu filho estará
em contato com diversos materiais diferentes, ferramentas e equipamento
simples, que poderão experimentar sem compromisso com a produção.
Existem, também, as oficinas protegidas de
trabalho. São locais onde os portadores de necessidades especiais realizam
atividades de trabalho em um ambiente protegido. São destinadas a adultos e
pessoas com um baixo grau de comprometimento, que possam realizar trabalhos
manuais, sob supervisão constante.
Os objetivos principais deste tipo de oficina são:
* Oferecer emprego provisório como preparação e
treinamento para o emprego competitivo.
* Oferecer emprego a longo prazo para aqueles que,
devido à severidade de sua incapacidade,
provavelmente não serão capazes de obter emprego
competitivo.
Atendimentos Complementares:
Brinquedoteca: A Brinquedoteca é um espaço criado
para que as crianças possam brincar bastante. Brincar é a atividade educacional
mais completa, pois desenvolve os aspectos sociais, cognitivos, motores e
afetivos. Para uma criança especial a Brinquedoteca proporciona oportunidade de
aprender de maneira lúdica, permitindo assim que desenvolva suas
potencialidades, brincando.
Expressão Corporal: Nosso corpo é fonte riquíssima
de aprendizagem. As crianças portadoras de
necessidades especiais apresentam às vezes
dificuldades ligadas a área sensorial. O trabalho mais específico de expressão
corporal auxilia a criança a perceber-se como pessoa e a estabelecer relações,
sejam elas espaciais, temporais ou sociais.
Equoterapia: É uma forma alternativa de atendimento
terapêutico na qual se utiliza o cavalo como
meio de reabilitação. É indicada para pacientes
portadores de disfunções do movimento, que incluem paralisia cerebral,
esclerose múltipla, e outras afecções que afetam o controle postural e do
equilíbrio.
Natação Especial: É realizada com portadores de
necessidades especiais que precisam de atendimento individualizado. A água é
utilizada como meio terapêutico, uma vez que diminui o peso corporal, o que
facilita a realização de exercícios específicos. Por causa da temperatura
aquecida, também atua como relaxante. Participando da natação especial, os
alunos têm condições de melhorar a aptidão física, a coordenação motora, a
capacidade respiratória e a tonicidade muscular.
Hidroterapia: É uma terapia realizada dentro da
água. É indicado para crianças que apresentam
deficiências físicas e motoras. Diferencia-se da
natação especial, por não haver o comprometimento com o ensino da natação, e
sim com a melhoria de dificuldades específicas.
Musicoterapia: É a utilização da música para
possibilitar o desenvolvimento de um processo terapêutico, mobilizando aspectos
bio-psico-sociais do indivíduo com o objetivo de minimizar suas dificuldades.
Facilitando a integração no meio social, a
musicoterapia utiliza instrumentos musicais, sons, músicas e o próprio corpo do
paciente e do terapeuta. As crianças com dificuldades de comunicação podem
encontrar na música uma nova forma de comunicação e expressão.
Informática – O objetivo geral da aplicação da
informática é utilizar o ambiente computacional de
aprendizagem para pesquisar o papel que o
computador desempenha na avaliação e educação das pessoas com necessidades
especiais, levando-se em conta os diferentes tipos de dificuldades que pessoas
apresentam (problemas sensoriais, motores, cognitivos, neurológicos,
linguísticos, etc.). É uma ferramenta que auxilia o processo de aprendizagem,
através dos softwares educacionais e internet. Através de projetos, focalizados
em atualidades o aluno tem acesso a todos recursos de pesquisa na web e usa as
ferramentas do computador com maior interesse e aceita desafios com
tranqüilidade, assim, obtém-se maiores resultados no desenvolvimento global.
Acompanhante de Lazer: Não tem compromisso
terapêutico. Acompanha a criança em atividades de lazer.
Acompanhante Terapêutico: O trabalho do
acompanhante é de auxiliar a criança e adolescente portador de necessidades
especiais. É feito por profissionais especializados. As atividades são
realizadas nas residências ou em passeios para pessoas impossibilitadas de se
relacionar e movimentar-se pelos espaços sociais.
Artes: A arte é uma forma importante de expressão.
A expressão plástica é mais uma fonte de
comunicação. As crianças especiais podem explorar
tintas, argilas, massas e outros materiais que
proporcionam oportunidade para desenvolvimento da
criatividade, do senso de estética, da coordenação viso-motora, entre outras
habilidades.
Fonte: http://educinfantcoordcpjm.spaceblog.com.br/1811699/GUIA-DE-ORIENTACAO-AOS-PAIS-Criancas-com-dificuldades-de-Aprendizagem/
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