"Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo".
(Hermann Hesse)
Pediatra afirma ter revertido quadro de autismo em menino de quatro anos; maior parte dos especialistas, no entanto, afirma que doença é incurável.
A consulta de pré-natal era para ver se estava tudo bem com a mãe e o bebezinho dentro da barriga, mas alguma coisa de diferente acontecia com a criança de um aninho que acompanhava a mãe barriguda no posto de saúde. Ele não a largava, não fazia contato com os olhos e era fissurado em água. A ginecologista não teve dúvida e encaminhou o caso para o médico de família e para o psicoterapeuta.
Com um ano e meio, o menino apresentava um quadro grave de autismo. Miguel ficava o tempo inteiro na torneira mexendo com a água. Quando o tiravam de perto da água, ele gritava, chutava e cuspia. Hoje com quase cinco anos, Miguel* dá beijo, olha nos olhos enquanto conversa, é do tipo que fala alto e bastante, mesmo com frases embaralhadas, e adora os amiguinhos de classe.
“Hoje ele não tem mais autismo, o quadro de autismo foi revertido. Ele fala, tem relação social perfeita, não tem mais aquela casca da ostra e é uma criança que brinca simbolicamente. E tem mais, noto que ele é muito amado", diz Wagner Ranna médico pediatra, psicoterapeuta e professor na Faculdade de Medicina da USP. Ele que cuidou do caso de Miguel no posto de saúde do Rio Pequeno, em São Paulo.
Para Luciano de Araújo, médico da família do posto de saúde, o caso de Miguel mostra que até mesmo casos graves de autismo podem ser tratados e curados. “Queremos mostrar com o caso do Miguel que a linha que separa o autismo pode estar borrada, e que se a criança não for tachada muito cedo com o diagnóstico, ela poderá se desenvolver e sair desta marcação”, disse.
Ranna e Araújo seguem uma linha que não considera o autismo como algo irreversível. Eles integram um grupo de cerca de 500 profissionais que atuam em mais de 100 instituições nacionais de saúde do País defendem que o autismo pode até ser revertido em alguns casos e que taxar o autismo de incurável seria uma visão reducionista da doença.
Fora d’água Foi um longo percurso até a mudança total de comportamento de Miguel. O menino e a família participavam de sessões de terapia de quinze em quinze dias. Miguel também passou a tomar medicamento. “Fiquei muito nervosa quando falaram que ele tinha autismo. Eu nem sabia o que era isso. Não sabia o que fazer”, lembra a mãe Adriana França.
Ranna conta que levou alguns meses só para tirar o menino da fixação com a água. “Do mesmo jeito que alguns autistas ficam mexendo com as mãos, ele ficava nessa fissura com a água. Depois de muitas sessões de terapia, consegui tirar ele dessa fissura", conta.
Hoje, a brincadeira favorita de Miguel é o caminhão, um orgulho para mãe que é ex-frentista de posto e para o pai, caminhoneiro.
Outra grande meta do tratamento era inserir o menino no convívio social. Para isto, a estratégia foi matricular Miguel na creche e na escolinha. Mas o problema veio quando ele entrou na escola infantil. “As crianças odiavam ele, ele mordia os coleguinhas, pegava as coisas sem pedir. Acabou que ninguém gostava dele. Daí, até mesmo naqueles problemas que sabíamos que ele não estava envolvido, ele acabava levando a fama”, lembra Josiane Almeida Mota, professora da Escola Municipal de Educação Infantil em Jardim d’Abril, no Rio Pequeno.
24 crianças no pegando no pé Alguma coisa precisava ser feita e as professoras resolveram conversar com a turma sem o menino. “Chamamos a turma para um canto, explicamos que ele precisava de ajuda. Foi muito bonito, pois todos resolveram ajudar e em nenhum momento precisamos dizer que ele era um aluno especial, que tinha autismo", conta Ana Lúcia Soares, também professora de Miguel.
A partir desta conversa, todas as outras 24 crianças da sala passaram a cuidar do menino. De acordo com a professora, os próprios alunos passaram a pegar na mãozinha dele para levá-lo para brincar.
Miguel também tinha o hábito de pegar os brinquedos das outras salas e não devolver. Ficou combinado entre todas as professoras da sala que, caso ele entrasse nas salas e pegasse o brinquedo, elas parariam o que estavam fazendo e falariam para o menino que ele poderia pegar o que quisesse, desde que devolvesse.
Um outro estímulo foi o boneco Zequinha. “Pegamos um boneco de pano e cada semana um aluno levava o Zequinha para casa. Lá, a criança o ensinava e brincava com ele. Depois fazia um desenho. As mães deviam escrever como foi a ‘visita’”, disse Ana Lúcia. “Embora a gente não tenha relacionado o Miguel com o Zequinha, acho que as crianças gostaram da atividade com o Zequinha e repetiram com ele em sala de aula”, completou.
Além do esperado Para o médico, o desenvolvimento do menino grandão e de cabelo alourado foi além do esperado. “Ele não está mais no espectro, mas é uma criança com alguns problemas de comportamento”, disse Wagner.
A maioria dos especialistas, no entanto, é completamente contra esta ideia. O psiquiatra do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo Guilherme Polanczyk é um deles. Ele discorda veementemente do quadro apresentado. “A possibilidade de o autismo desaparecer até agora não foi evidenciada pela ciência. O autismo é uma condição crônica, persistente e que infelizmente não desaparece com o tempo”, disse.
Polanczyk afirma que para o caso de Miguel há apenas duas possibilidades: diagnóstico equivocado ou sintomas amenizados. “Depois de algum tempo, uma criança que inicia uma intervenção precoce melhora tanto que eventualmente um daqueles sintomas não aparece mais. Não é que ele não exista, foi apenas muito trabalhado e não aparece. Mas isso não significa que a criança não tem a condição. O autismo está lá", diz.
* o nome foi alterado para preservar a identidade da criança
A Síndrome de Irlen é uma alteração visuoperceptual, causada por um desequilíbrio da capacidade de adaptação à luz que produz alterações no córtex visual e déficits na leitura.
Minha Apostila
Autora Taismara
CIAPRE
trabalha diretamente com diagnóstico e intervenção interdisciplinar,supervisão de profissionais
Nosso Símbolo
Fita de Möbius..Representa o olhar do Psicopedagogo. As voltas estão dispostas de forma a representar a aprendizagem do indivíduo. O círculo central representa o indivíduo em processo para a aquisição de conhecimento, chegando ao fim com mudanças perceptíveis (círculo vermelho).
Afasia
A afasia é por si só a perda da capacidade e das habilidades de linguagem falada e escrita. É um sintoma comum na neurologia clínica, muitas vezes como conseqüência de um acidente vascular cerebral cuja localização geralmente se dá junto à artéria cerebral média esquerda ou nos ramos junto à região do cérebro responsável pela linguagem
Discalculia
A discalculia é um problema causado por má formação neurológica que se manifesta como uma dificuldade no aprendizado dos números. Essa dificuldade de aprendizagem não é causada por deficiência mental, má escolarização, déficits visuais ou auditivos, e não tem nenhuma ligação com níveis de QI e inteligência. Crianças portadoras de discalculia são incapazes de identificar sinais matemáticos, montar operações, classificar números, entender princípios de medida, seguir sequências, compreender conceitos matemáticos, relacionar o valor de moedas entre outros.
Dislalia
A dislalia é um distúrbio da fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras. Basicamente consiste na má pronúncia das palavras, seja omitindo ou acrescentando fonemas, trocando um fonema por outro ou ainda distorcendo-os ordenadamente.A falha na emissão das palavras pode ainda ocorrer em fonemas ou sílabas. Assim sendo, os sintomas da Dislalia consistem em omissão, substituição ou deformação dos fonemas.
Dislexia
Dislexia é uma específica dificuldade de aprendizado da Linguagem: em Leitura, Soletração, Escrita, em Linguagem Expressiva ou Receptiva, em Razão e Cálculo Matemáticos, como na Linguagem Corporal e Social. Não tem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou auditiva como causa primária. A Dislexia tem base neurológica, e que existe uma incidência expressiva de fator genético em suas causas
Disgrafia
Disgrafia é o transtorno da escrita, de origens funcionais, que surge nas crianças com adequado desenvolvimento emocional e afectivo, onde não existem problemas de lesão cerebral, alterações sensoriais ou história de ensino deficiente do grafismo da escrita. A criança disgráfica é vítima de transtornos que provém ora do plano motor, ora do plano perceptivo, ora do plano simbólico. A dificuldade de integração visual-motora dificulta a transmissão de informações visuais ao sistema motor. “A criança vê o que quer escrever, mas não consegue idealizar o plano motor”. Sua escrita é nitidamente diferente da escrita de uma criança que não tenha esse transtorno, o que não acarreta homogeneidade no interior do grupo dos disgráficos.
Disortografia
A Disortografia caracteriza-se por troca de fonemas na escrita, junção (aglutinação) ou separação indevidas das palavras, confusão de sílabas, omissões de letras e inversões. Além disso, dificuldades em perceber as sinalizações gráficas como parágrafos, acentuação e pontuação. Devido à essas dificuldades o indivíduo prepara textos reduzidos e apresenta desinteresse para a escrita. A Disortografia não compromete o traçado ou a grafia. Um sujeito é disortográfico quando comete um grande número de erros. Até a 2ª série é comum que as crianças façam confusões ortográficas porque a relação com sons e palavras impressas ainda não estão dominadas por completo.
Dispraxia
Dispraxia é uma disfuncão motora neurológica que impede o cérebro de desempenhar os movimentos corretamente. É a chamada "síndrome do desastrado". Seus sintomas são a falta de coordenação motora, falta de percepção e equilíbrio. A criança "dispráxica" tem uma falta de organização do movimento. As áreas que sofrem mais alterações são as do esquema corporal e a orientação temporo-espacial. Em alguns casos a linguagem não é afetada, a criança com dispraxia apresenta fracasso escolar, pois a escrita é a área mais comprometida.
Ser Educador!
Rubem Alves
Aprender
Aprender não é acumular certezas Nem estar fechado em respostas Aprender é incorporar a dúvida E estar aberto a múltiplos encontros Aprender não é dar por consumada uma busca Aprender não é ter aprendido Aprender não é nunca um verbo do passado Aprender não é um ato findo Aprender é um exercício constante de renovação Aprender é sentir-se humildemente sabedor de seus limites, mas com a coragem de não recuar diante dos desafios Aprender é debruçar-se com curiosidade sobre a realidade É reinventá-la com soltura dentro de si Aprender é conceder lugar a tudo e a todos E recriar o próprio espaço Aprender é reconhecer em si e nos outros o direito de ser dentro de inevitáveis repetições porque aprender é caminhar com seus pés um caminho já traçado É descobrir de repente uma pequena flor inesperada é aprender também novos rumos onde parecia morrer a esperança Aprender é construir e reconstruir pacientemente Uma obra que não será definitiva porque o humano é transitório Aprender não é conquistar nem apoderar-se mas peregrinar Aprender é estar sempre caminhando, não é reter mas comungar. Tem que ser um ato de amor para não ser um ato vazio. Paulo Freire.
Biólogo
"JURO, PELA MINHA FÉ E PELA MINHA HONRA E DE ACORDO COM OS PRINCÍPIOS ÉTICOS DO BIÓLOGO, EXERCER AS MINHAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS COM HONESTIDADE, EM DEFESA DA VIDA, ESTIMULANDO O DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO, TECNOLÓGICO E HUMANÍSTICO COM JUSTIÇA E PAZ".
Amor não tem.....
Amor não tem cor... Diferente é ser igual...ser diferente é normal... Se soubesse que o mundo se desintegraria amanhã, ainda assim plantaria a minha macieira.O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos.Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos.
“Continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar e anunciar a novidade”. Paulo Freire
Viva a Diferença
LIBRAS
“AS MÃOS ROMPEM O SILÊNCIO E FAZEM A COMUNICAÇÃO DE QUEM NÃO OUVE, mas vê, sente e se emociona”
Inclusão
“Crianças são como borboletas ao vento….algumas voam rápido….algumas voam pausadamente, mas todas voam do seu melhor jeito….Cada uma é diferente, cada uma é linda e cada uma é especial.” (Alexandre Lemos – APAE)
PSICOMOTRICIDADE
Livro da minha professora e coordenadora do Curso
Deficiências
Deficiente é aquele que não consegue modificar a vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino. Louco é quem não procura ser feliz com o que possui Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores. Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quere garantir seus tostões no fim do mês. Mudo é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia Paralitico é quem não consegue andar na direção daquelas que precisam de sua ajuda. Diabético é quem não consegue ser doce Anão é que não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois: Miseráveis são todos que não conseguem falar com Deus. Mário Quintana
Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Paulo Freire
Sou formada em Ciências Biológicas, professora da Rede Estadual de São Paulo há alguns anos e por três anos professora da Fundação C.A.S.A
(antiga FEBEM), pós Graduada em Psicopedagogia Clinica e Institucional e Screnner (rastreamento da Síndrome de Irlen), Capacitada pelo Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães em Belo Horizonte. Atualmente faço Curso LIBRAS na empresa Conecte Libras, de Campinas em parceria com CNA de Cosmópolis. A criação do blog, surgiu durante meu curso de pós, com o objetivo de auxiliar alunos, pais e professores sobre as dificuldades de aprendizagem. Todos encontrarão aqui, materiais como ferramentas para auxilio e para enriquecer seus conhecimentos. Há sugestões de livros, modelos de anamnese, encaminhamento, contrato terapêutico, sugestões de filmes, cursos, entre outros. Espero que eu, possa ajudar um pouco com o que tenho aprendido. Seja bem vindo(a), ao Blog.
Educação se faz com: Humildade. Troca. Companheirismo. Eu não sei mais do que você! Você não sabe mais do que eu! Te ensino o que sei... ...E com você aprendo o que não sei!
Fundação C.A.S.A
Esses jovens, foram meus alunos na Fundação C.A.S.A (antiga FEBEM), e neste vídeo aparecem alguns dos meus colegas professores. O que mais vale a pena em ensinar menores em conflito com a lei é ver o resultado, de quando você não julga, mas ama o ser humano independente do que ele fez e acredita acima de tudo nele e em seu trabalho então tudo vale a pena. Fiquei feliz em encontrar recentemente em Campinas, um dos meus alunos, trabalhando, uniformizado e feliz de ter tido uma oportunidade. Então aos meus colegas, que assim como eu, acreditam que esses jovens podem e são capazes de mudar! E aos meus alunos digo: acreditem sempre em vocês...mas é claro que o sol vai voltar amanhã mais uma vez eu sei, escuridão já vi pior..... eu trabalhava essa canção com eles... foi por causa deles que me tornei psicopedagoga!
Crianças não contam cromossomos
nada é mais deficiente que o preconceito e nada mais eficiente que o amor
Jogos para autistas foram criados especificamente com o propósito de ser uma ferramenta para crianças autistas. whizkidgames.com é um portal de jogos para crianças com autismo ou outro do espectro autista. Neste portal poderá encontrar 9 jogos relacionados com as tarefas diárias, como vestir,frequentar a escola, arrumar …