Fiquei encantada, quando tive aula de Neuropsicopedagogia. Uma
das coisas que aprendemos foi sobre a plasticidade neural. É incrível
como o cérebro tem essa capacidade. Acho realmente fascinante e acredito que
sempre haverá coisas novas a serem descobertas neste órgão tão incrível. Espero
que gostem desse artigo, eu particularmente adoro todo tema que é relacionado
ao cérebro.
Uma grande quantidade de pessoas
acredita que os danos cerebrais são irreversíveis, ou seja, uma vez ocorrido um
problema neurológico, não há nada a ser feito para reparar os déficits. O
desenvolvimento de recursos tecnológicos no campo científico nas últimas quatro
décadas, culminando com a denominação dos anos 90 como a “Década do Cérebro”,
foi fundamental para o refinamento das pesquisas nos processos de plasticidade
e reabilitação neuropsicológica.
O que é plasticidade neural?
A plasticidade neural é a capacidade do cérebro em
desenvolver novas conexões sinápticas entre os neurônios a partir da
experiência e do comportamento do indivíduo. A partir de determinados
estímulos, mudanças na organização e na localização dos processos de informação
podem ocorrer. Através da plasticidade, novos comportamentos são aprendidos e o
desenvolvimento humano torna-se um ato contínuo. Esse fenômeno parte do
princípio de que o cérebro não é imutável, uma vez que a plasticidade neural
permite que uma determinada função do Sistema Nervoso Central (SNC) possa ser
desenvolvida em outro local do cérebro como resultado da aprendizagem e do
treinamento.
Como é formado o Sistema Nervoso Central (SNC) ?
O SNC é formado por cérebro e medula espinhal. O
SNC de um ser humano contém cerca de 100 bilhões de neurônios, ou células
nervosas. Os neurônios não se reproduzem como algumas outras células do
organismo, mas é possível que os neurônios estabeleçam novas ligações. As
ligações entre os neurônios são chamadas de sinapses. Os comportamentos, as
emoções e o funcionamento de um indivíduo como um todo são resultados de
sinapses.
Como ocorre a plasticidade neural?
A cada novo comportamento aprendido desde o
nascimento até a fase adulta, várias conexões neurais ocorrem e se fixam no
SNC, contribuindo para seu desenvolvimento normal e evolutivo. A plasticidade
neural é natural e essencial para o aprendizado, para o desenvolvimento das
funções neuropsicológicas e motoras do indivíduo. Assim, é possível continuar a
estimular o indivíduo, seja por meio de psicoterapia, de exercícios específicos
e de treinamentos, de maneira que quanto maior a quantidade de estímulos,
melhor será o nível de funcionamento.
Como atua a plasticidade neural no caso de doenças do SNC? Ela pode beneficiar o indivíduo?
Acidente vascular cerebral, Alzheimer, Parkinson e
lesões na medula espinhal são apenas alguns dos quadros patológicos do SNC.
Embora existam limitações, as células saudáveis vizinhas à lesão podem assumir
parte da função dos neurônios danificados. Dessa forma, o indivíduo que sofreu
algum tipo de lesão cerebral tem a possibilidade de ter um aumento de sua
qualidade de vida devido essa auto-reparação do SNC. No entanto, a recuperação
de uma função através da plasticidade depende de fatores como: idade, local da
lesão e a função correspondente, e a qualidade do primeiro atendimento prestado
ao paciente após a ocorrência da lesão.
Como reabilitar um paciente através da plasticidade neural?
Nos casos em que há danos no SNC, um programa de
reabilitação pode ser conduzido para melhorar ou amenizar o quadro patológico.
Diversos profissionais podem trabalhar para a reabilitação do paciente através
da plasticidade neural: psicólogo, fisioterapeuta, médico, terapeuta
ocupacional, fonoaudiólogo. Na maior parte dos casos, é necessária a
intervenção de uma equipe multiprofissional. Após a avaliação detalhada, um
plano de tratamento deverá ser elaborado, com o treinamento de estratégias que
estimulem os neurônios saudáveis a suprir as funções correspondentes ao local
da lesão. Cada caso é individual e a evolução do paciente depende de diversos
fatores já citados. No entanto, existe uma série de recursos cada vez mais
aprimorados para possibilitar ao paciente maior autonomia e qualidade de vida.
FONTE:
http://www.plenamente.com.br/artigo/73/-que-plasticidade-neural--maria-alice.php
FONTE:
http://www.plenamente.com.br/artigo/73/-que-plasticidade-neural--maria-alice.php
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