Foi a Dra. Helen Irlen, uma psicóloga americana, a responsável
pela descoberta e pelos estudos internacionais sobre uma síndrome é muito pouco
difundida no Brasil, apesar de já ser investigada há mais de 25 anos na América
do Norte e de haver centros de diagnóstico e tratamento em 42 países. Trata-se
da Síndrome de Irlen, que recebeu este nome da doutora Helen.
As pesquisas indicam que
cerca de 46% das pessoas com dificuldades escolares têm Síndrome de Irlen,
condição que afeta pessoas de todas as idades, com inteligência normal ou
superior à média e está relacionada à desorganização, no cérebro, das
informações recebidas pelo sistema visual. Sua causa é a sensibilidade a certas
ondas de luz, o que provoca, por exemplo, distorções no material de leitura e
escrita, resultando em menor qualidade no desempenho escolar e de vida.
A SI, como é comumente
chamada, gera dificuldades nas atividades diárias e escolares, pois produz
desfocamento, distorções do material gráfico, inversões de letras, trocas de
palavras, perda de linhas no texto, desconforto nos olhos, cansaço, distração,
sonolência, dores de cabeça, enxaqueca, hiperatividade, irritabilidade, enjôo e
fotofobia, tudo isso após um intervalo relativamente curto de esforço
despendido no processamento das informações visuais.
Qualquer pessoa, ainda
que com a acuidade visual dentro dos padrões de normalidade (ou seja, enxergando
bem) tem chances de ser portador da síndrome, já que se trata de uma disfunção
da percepção e não uma patologia ligada diretamente aos olhos. Ela está
relacionada a déficits na codificação e decodificação das informações visuais
pelo sistema nervoso central. É necessário um diagnóstico diferencial por
profissionais especializados, uma vez que não pode ser detectada através de
exames oftalmológicos de rotina, nem por testes padronizados para verificação
de dificuldades de aprendizagem.
Além das intervenções
psicopedagógicas e médicas mais comuns, a utilização do Método Irlen –
avaliação do problema e indicação de sobreposições coloridas (transparências de
acetato) sobre os textos ou filtros seletivos (lentes coloridas) – ajuda
indivíduos com problemas comportamentais, emocionais e com dificuldades
escolares, pois melhora a fluência da leitura e a atenção sustentada,
resolvendo casos de leitura mais lenta e segmentada, com comprometimento de
memorização, compreensão e aprendizagem.
Hoje o método Irlen de
tratamento vem sendo utilizado em quarenta e dois países e em mais de quatro
mil instituições de ensino. Nos Estados Unidos uma resolução adotada em Julho
de 2009, durante a Assembléia Geral de NEA – National Education Association,
que agrega aproximadamente 3 milhões de trabalhadores na área da educação -,
foi aprovada a proposta de que todos os seus membros sejam informados sobra a
Síndrome de Irlen e seu tratamento.
No
Brasil, a Síndrome de Irlen é conhecida há apenas quatro anos através de cursos
oferecidos pela Fundação do Hospital de Olhos de Minas Gerais, instituição
privada de direito privado (http://www.fundacaohospitaldeolhos.com.br/),
em módulos teórico-práticos sobre a metodologia de diagnóstico e tratamento,
onde uma equipe multidisciplinar e avaliadores preparados nos cursos de
Capacitação em Síndrome de Irlen forma profissionais para identificar
portadores dessa síndrome, apresentando-lhes as características da condição,
suas consequências e orientando a sua recuperação.Fonte:http://saudevisual.com.br/noticias/93-sindrome-de-irlen
Aproveito para lembrar que ainda estão abertas as inscrições:
Nenhum comentário:
Postar um comentário