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segunda-feira, 6 de junho de 2016

CARTA DE UMA ALUNA PSICOPEDAGOGA

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Boa tarde,
Gostaria de compartilha com vocês, esta carta que foi compartilhada na rede social, e que sem dúvida é um incentivo e ao mesmo tempo nos mostra o quanto temos que aprender sempre.

Carta de uma aluna psicopedagoga


Após 4 anos cursando a faculdade de Psicologia, quero compartilhar algumas experiências.
A essa altura cheguei à conclusão que todo (a) psicopedagogo (a) formado, seja clínico ou institucional, deveria fazer uma outra graduação. E digo isso não só para adquirir mais conhecimentos, mas principalmente para entender na pele as queixa dos alunos.
Quando me dizem: “Tenho muita coisa para estudar!”, “Não sei para que estou estudando esse assunto”, “Alguns professores não são bons e outros são fantásticos”, quando mencionam coisas desse tipo, eu sei exatamente do que estão falando.
Estudando tenho a oportunidade de desenvolver melhores técnicas de estudo para dar conta de tanta coisa e compreender na prática que nem todos aprendem da mesma maneira, pois temos ritmos diferentes, maneiras diferentes, e a técnica que serve para mim, talvez não sirva para meu colega.
Aprendi também que é preciso ter muita, mas muita organização para dar conta e dessa forma posso entender melhor um aluno que não é organizado com seus estudos e conseguir ajudá-lo melhor em sua organização de calendários, entrega de trabalhos, apresentação de grupos, preparação de uma aula. E se não tiverem organização podem ter baixo desempenho e serem taxados de alunos com dificuldades de aprendizagem, sem ter dificuldades para aprender.
Consigo entender melhor quando meu aluno diz: “Eu queria estar jogando futebol e não estudando essas provas”, e aí penso “Eu queria estar escrevendo mais livros ou dando mais palestras", ao invés de negar por falta de tempo, e assim posso ajudá-lo a compreender que há fases que precisamos abrir mão de algumas coisas em benefício de outras que nos serão úteis.
Também consigo entender esse cansaço que é assistir aula todos os dias do ano com exceção das férias e compreender quando ele diz que gostaria de ficar dormindo um pouco mais ao invés de levantar às 5:30 da manhã para assistir aula e algumas muito chatas por sinal, mas que também levanto disposta toda vez que sei que terei uma aula com um ótimo professor ou professora e então tenho cada vez mais certeza como é importante uma aula dinâmica e bem ministrada porque aprendemos mais.
E entender também que as provas, por mais que digam que é apenas um instrumento de medida, é na verdade um terror, que nos amedronta, nos estressa, porque se não tirarmos uma boa nota perderemos a matéria ou vamos para final. Mas poderei dizer a meu aluno, com propriedade, que para alcançar uma boa nota tudo dependerá dele não acumular assunto, colocar em dia sua aprendizagem, diminuir o tempo que fica em redes sociais, organizar-se, ter boas estratégias cognitivas e metacognitivas e poder estudar de maneira mais eficaz.
É literalmente aprender a nadar entrando na água e não somente observando.
E diante de todas as minhas atribuições de mãe, de esposa e de trabalhadora, e por conseguir passar por isto, incentivo muito que psicopedagogos façam psicologia ou outra área afim. É cansativo? Sim. É exaustivo? Sim. Mas a quantidade de aprendizagem de conteúdo e de tudo que acabei de relatar, que está me servindo demais em meus atendimentos com meus pacientes principalmente com adolescentes e alunos de faculdade, posso dizer que vale muito à pena.
Quem já fez curso comigo sabe o quanto incentivo meus alunos a estudarem e buscar mais e mais fontes de informação e passar por algumas situações de aprendizagem como essa. Só passando por dificuldades evoluímos.
E esse texto saiu numa pausa nos estudos em meio a uma semana de provas estressantes, mas é também nesse período que sei exatamente como meus pacientes se sentem na semana de provas.
Essa é uma aprendizagem e tanto. Isso não tem preço!
Simaia Sampaio
05/06/2016.

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