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terça-feira, 23 de outubro de 2012

PSICOPEDAGOGIA HOSPITALAR- O VÍNCULO AFETIVO DA CRIANÇA HOSPITALIZADA COM A APRENDIZAGEM

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Achei esse artigo muito interessante, postei parte dele aqui. Caso desejar ler o artigo completo acessem o site que encontra-se no final.

Autora: Daniella Reis Mello
O CONTEXTO HOSPITALAR E ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO
Como Psicopedagogo Hospitalar é imprescindível compreender todo o corpo de uma estrutura hospitalar, por se tratar de uma área relativamente nova, onde a instituição hospitalar em algumas situações não saberá o que pedir ao psicopedagogo e cabe a ele mostrar o que pode acrescentar em benefício do paciente pediátrico e da instituição. O psicopedagogo irá por em ação um questionamento e reflexão de como se adaptar a este novo ambiente, provido de regras, normas, valores e função social, o qual o mesmo deverá se conscientizar de sua identidade profissional e delimitar até onde vai a sua atuação e a de outro profissional, realizando o devido encaminhamento quando se fazer necessário. O psicopedagogo junto à equipe multidisciplinar atuará de forma coesa e nunca isoladamente ou fragmentada, é importante que haja um espaço para que os conhecimentos de ambos profissionais envolvidos neste contexto sejam integrados a novas idéias, compartilhados e ressignificados, conhecer o olhar de cada um contribuirá para reconhecer as dificuldades pessoais e institucionais para pôr em ação uma atitude sistemática, contínua e reflexiva, de maneira a contribuir para que o vínculo entre a equipe se consolide o mais prazeroso possível, visando um ambiente mais humanizado ao paciente pediátrico. O qual nos remete a ser um ambiente impessoal, frio, hostil, assustador, incompreensível e depressivo, vivenciado e sentido na condição de hospitalizado.
É direito do paciente pediátrico conhecer os motivos que o levou a real situação, e ao verbalizar a verdade, há o cuidado de se utilizar uma linguagem simples e compreensível, respeitando sempre o estágio ou fase de desenvolvimento que ela se encontra.
É indispensável que os pais ou outros que sejam significativos na vida do paciente pediátrico os preparem para a hospitalização, pois, as representações internas mentais que a criança faz de seus pais com quem convive e tem como sendo os primeiros modelos na formação da sua subjetividade irão influenciar em seus sentimentos, seu comportamento e seu grau de compreensão e aceitação. O desempenho da criança tanto na aprendizagem como nas diversas situações que ela irá enfrentar ao longo de seu desenvolvimento serão influenciadas pelas imagens parentais que foram estabelecidas de forma positiva ou negativa, certamente as imagens dos modelos parentais que foram estabelecidas positivamente, ou seja, são aquelas imagens de pais carinhosos, presentes de alma e de sentimentos, que sabem dar o limite, mas, que também sabem ceder com referencia as suas condutas e regras de forma coerente, serão determinantes na formação de vínculos afetivos que favorecerão positivamente por todas as aprendizagens que a criança irá se deparar.
Não somente a criança como também os pais necessitarão da equipe de saúde para o devido esclarecimento sobre a doença, o tratamento e o possível tempo de internação, sendo este último uns dos motivos mais sofridos e angustiosos por ambas as partes envolvidas; de tantas outras situações, mas em particularmente nestas, que se faz necessária à presença e atuação de um psicólogo, proporcionando ao enfermo e sua família a devida e carinhosa acolhida; considerando ser estes primeiros momentos fundamentais para que se estabeleça uma relação menos traumática possível no processo de hospitalização.
O paciente pediátrico a peregrinar por salas de espera, unidades de internação, de terapia intensiva e ambulatória, em muito irão contribuir para a sua baixa auto-estima, e como aprender exige ter auto-estima, se faz necessário e presente a atuação do psicopedagogo, o qual poderá realizar diversas atividades em uma sala apropriada ou no próprio leito, podendo ser individualmente ou em grupo, proporcionando condições ao paciente pediátrico dentro do seu quadro hospitalar a não perder o prazer pela aprendizagem, pelo conhecimento e até mesmo direcionando caminhos para que o paciente aprenda a conviver com as diversas dificuldades que irá ter que passar por conseqüência de sua doença.
É bastante enriquecedor que o psicopedagogo trabalhe com atividades que envolvam, por exemplo, a dramatização e teatros de fantoches, tais atividades irão despertar na criança uma nova forma de elaborar e expressar os seus sentimentos é importante que ela viva gradativamente o aqui e agora de sua real situação, pois certamente elas irão estimular e favorecer um bom vínculo afetivo da criança com a aprendizagem, principalmente no momento de prepará-la para a alta, onde terá que se integrar novamente ao seu mundo social.
O ponto de partida para o psicopedagogo trabalhar, é identificar o sujeito relacional/real, ou seja, como anda a relação desta criança com o outro, o outro com ela, e, ela consigo mesma. No primeiro momento, irá se trabalhar com o sujeito simbólico/afetivo, o sujeito do desejo, identificando neste sujeito o que ele mais gosta e sabe fazer, buscando caminhos de resgatar a sua auto-estima e não a deixando entrar em uma depressão anaclítica, neste primeiro momento é bastante comum pedir aos pais da criança que se traga ao hospital um objeto transicional. Em WINNICOT (1997, pág. 57) compreendemos que, “é no espaço da transicionalidade que se entrelaçam os fios da subjetividade e da objetividade, trama de angústia e de esperança. Fios que se entrelaçam se acrescentam e se desfazem, adquirindo novas formas e cores, numa dança contínua. Dança por vezes suave e encantadora, por outra, vigorosa e arrebatada, agressiva, triste ou apaixonada, mas sempre melodia expressando o mistério da vida”.
Em seguida se chegará ao sujeito lógico/racional; é justamente na interseção dessas três dimensões que se consolida a essência do sujeito/EU, desenvolvendo o processo do conhecimento.
É fundamentalmente importante esclarecer que o psicopedagogo na Instituição Hospitalar, não irá trabalhar com diagnóstico, mas com prognósticos, o psicopedagogo irá trabalhar com a linha de faixa etária de cada criança, utilizando-se, por exemplo, de recursos como o psicodrama. As atividades poderão ser realizadas duas vezes por semana em quarenta minutos, podendo o psicopedagogo atuar em outras instituições também, de forma empregatícia e / ou voluntária.
Fonte:http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=571
Diante desse artigo, só posso dizer que a psicopedagogia é apaixonante. Amo o que estou fazendo.

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