O
que é
A
Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença caracterizada pela
neurodegeneração, isto é, pela contínua morte de neurônios motores – os
responsáveis pela transmissão de impulsos nervosos que possibilitam aos
músculos a execução de movimentos voluntários.
O
termo Esclerose Lateral Amiotrófica se origina das próprias características da
doença. "Esclerose" refere-se ao endurecimento e cicatrização da
porção lateral da medula espinhal, provenientes da degeneração dos neurônios
motores superiores.
A
atrofia dos músculos decorrente da morte dos neurônios motores inferiores é
indicada pela palavra "amiotrófica".
Como
ELA age
Sua evolução causa progressiva fraqueza, dificuldade de realizar movimentos e atrofia muscular, que, num período variável, de dois a cinco anos, na maioria dos casos, levam o paciente a óbito.
A ELA age tanto sobre o primeiro neurônio motor (superior
– parte do córtex cerebral e do tronco encefálico) quanto no segundo neurônio
motor (inferior – parte da medula espinhal em direção aos músculos).
Além
da fraqueza muscular, a ELA provoca cãibras, espasmos, reflexos exaltados e, em
casos mais avançados, dificuldade para falar, engolir e respirar. Contudo, a
patologia não afeta as faculdades mentais e psíquicas, nem a visão, audição,
tato, olfato, paladar, tampouco as funções sexual, intestinal e vesical.
Diagnóstico
A doença é de difícil diagnóstico. Em grande parte dos casos, o paciente passa por quatro, cinco médicos num ano, antes de fechar o diagnóstico e iniciar o tratamento.
Tratamento
O tratamento é multidisciplinar sob a supervisão de um médico e acompanhamento de fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas.
A pesquisa com os chamorros serviu de base para o desenvolvimento de uma droga que inibe a ação tóxica do glutamato, mas não impede a evolução da doença. Os experimentos em andamento com animais apontam a terapia gênica como forma não só de retardar a evolução como possibilidade de reverter o quadro.
Recomendações
* O diagnóstico e o início precoce do tratamento são dois requisitos fundamentais para retardar a evolução da doença. Não subestime os sintomas, procure assistência médica;
* Embora a ELA seja uma doença degenerativa irreversível, não há como fazer prognósticos. Em alguns casos, a pessoa vive muitos anos e bem;
* A relação do paciente com a equipe médica e familiares é sempre muito rica. Ele está sempre animado e procurando alternativas para enfrentar as dificuldades do dia-a-dia;
* Pelo menos aparentemente, o portador da doença costuma sofrer menos do que o cuidador, que deve precisa aprender a maneira correta de tratar do doente, sem demonstrar que teme por sua morte eminente.
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