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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

PSICOPEDAGOGIA HOSPITALAR

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O VINCULO AFETIVO DA CRIANÇA HOSPITALIZADA COM A APRENDIZAGEM



A proposta da Psicopedagogia hospitalar é ser o interlocutor de todos os que passam por internações. Embasados na técnica e na pratica utilizando todo o seu conhecimento para criar um mundo onde as pessoas se preocupam umas com as outras. Promovendo a integração entre a criança, a família, a escola e o hospital, amenizando os traumas da internação e contribuindo para a interação social em busca da qualidade de vida intelectiva e sociointerativa.
A Psicopedagogia hospitalar contribui para a melhoria da qualidade de saúde e auto-estima dos pacientes internados proporcionando uma intervenção com ludicidade, humanização e aprendizagem, onde o psicopedagogo atuará de forma coesa, afetiva e humanizadora conectando-se com toda equipe multidisciplinar, criando um elo entre as especialidades, integrando novas ideias e ressignificando.
No processo de hospitalização se faz necessário a atuação do psicopedagogo que, devido sua formação interdisciplinar é um dos profissionais mais aptos a esta modalidade, para realizar diversas atividades, levantar a auto-estima e direcionar caminhos para que o paciente aprenda a conviver com as diversas dificuldades que irá ter que passar, por conseqüência de sua doença. Toda esta equipe acompanha, direta ou indiretamente, todas as etapas de uma internação, que em geral são enfrentadas de forma diferente por cada indivíduo hospitalizado.
A sensação de dor, por exemplo, é sentida diferentemente de acordo com a idade do paciente e de acordo com diferenças individuais. Nessa hora, nossa intervenção ganha uma razão de ser, mas não é ainda, necessariamente aquilo que traz a cura, logo, não é essencial. Ainda não é fácil de distinguir entre a dor e outras agressões de que a criança é a vítima separação da mãe, mudança de quadro, rostos e procedimentos desconhecidos.
Diante de um sujeito doente grave, as ações devem ser precisas e rápidas para que a relação de ajuda seja eficaz e útil. Não sugerimos trazer tarefas de longo desenrolar Os professores são preparados para enfrentar certas surpresas, mas não para evitá-las ou fugir delas.
Nossa intervenção leva em conta o estado emocional da criança que pede socorro quando se nega a uma atividade ou quando é agressiva. Em nossa escuta de Psicopedagogo, devemos agir por uma atividade que possa transpor o sofrimento de angústia, de solidão - Vasconcelos (2000).
 Mesmo assim, muitas vezes as crianças não são capazes de expressar nem de reproduzir o que as faz temer, desenvolvendo angústias, fazendo surgir depressão, revolta ou desespero, ou ainda a possibilidade de regressão no nível de desenvolvimento. Mais uma vez, o psicopedagogo é aquele que faz diferença, trazendo o sentimento de valorização da vida, amor próprio, auto-estima, aceitação e segurança, é função do trabalho psicopedagógico que se insere na esfera hospitalar. Afinal, a aprendizagem é um processo tão amplo e grandioso que ocorre através de interações, em qualquer lugar.
Diante do sofrimento e dor cada criança reage de maneira adversa com agitação, agressividade, silêncio etc. tornando assim difícil de propor atividades psicopedagogicas, mas não podemos desistir deixar se contaminar pelas adversas reações que a doença ocasiona nas crianças, afinal estaremos ali para recuperar a auto-estima, cultivar esperança, e ajudar a enfrentar as situações que terá que vivenciar no hospital.
O ambiente hospitalar é caracterizado por ser um local frio, de sofrimento e dor, onde a criança se sente desprotegida, sozinha e desamparada, e é justamente esta imagem que deve ser mudada com a presença do psicopedagogo, inserindo o lúdico, com apoio de brinquedos, jogos e histórias para amenizar o enfrentamento dessa situação estressante e adversa que é a hospitalização, podendo ser realizado no próprio leito da criança ou na brinquedoteca hospitalar.
 Em todos os hospitais como em qualquer instituição, existem regras e normas, que devem ser cumpridas para o bom andamento da instituição. Portanto não interfira no trabalho do outro profissional, pode ate discordar, e expor sua opinião, mas tudo feito com embasamento teórico que o psicopedagogo deve ter e não em achismo.
Ser sutil e fazer vínculos afetivos com todos os setores é preciso mostrar que não somos espiões da direção do hospital. Estudar sobre as doenças ali encontradas para nosso aperfeiçoamento profissional. Ser sempre amiga compartilhando com as equipes vitoria e dores. Distribuir energia positiva com sorrisos e clima amigável. É importante que o psicopedagogo tenha clareza de sua função no hospital, evitando assim, interferência no trabalho dos profissionais da saúde; deverá utilizar sua competência e suas habilidades para trabalhar em conjunto com esses profissionais.
Percebe-se que os desafios são muitos, dentre eles a valorização da importância do psicopedagogo em ambientes que não são a escola. É um campo de atuação que, aos poucos, vem conquistando seu espaço. Para isso tem que ser um profissional competente, ter engajamento e estar sempre se atualizando com os cursos que necessita para ser capaz de exercer bem a sua função contribuindo de forma eficaz para que o paciente sofra o mínimo possível. Poderá resgatar vários sentimentos como aceitação, autoestima, segurança e uma melhor qualidade de vida.  Com ética, profissionalismo, sensibilidade e amor ao que se faz é possível realizar um bom trabalho psicopedagogico hospitalar.

Artigo: Maria do Carmo Abreu Silva Amambahy
Pedagoga e Psicopedagoga Clínica Institucional.
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