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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

MÉTODO PANLEXIA- REEDUCAÇÃO DA LEITURA

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Quando a criança inicia o processo de leitura e escrita pode ocorrer algumas falhas na associação de letras e sons, na compreensão das palavras e de textos e mesmo sendo inteligente e sem apresentar deficiências neurológicas, porém, poderá apresentar um obstáculo associado a uma deficiência de aprendizado que afeta o desenvolvimento adequado: a dificuldade específica de leitura. 
Ao falar a língua portuguesa acontecem diferenças estruturais entre a língua falada, linguagem escrita e entre a estrutura da língua a ser aprendida, por exemplo, a presença do n ou m troca o som da vogal anterior. Uma das maiores dificuldades de uma criança que apresenta dificuldade específica em leitura é fazer a associação entre a letra e o som.
Medidas preventivas e práticas pedagógicas remediativas precoces deveriam ser aplicadas para evitar dificuldades específicas de linguagem e para tratar de problemas perceptivos já no início da vida escolar a fim de evitar ameaçar a auto-imagem do aluno e de desenvolver problemas emocionais e sociais desnecessários que poderão marcar negativamente a vida escolar.
Vários pesquisadores buscam alternativas para minimizar os efeitos deste distúrbio e quando Pamela Kvilekval esteve no Brasil pela primeira vez em 2004, um grupo seleto de profissionais tiveram a oportunidade de conhecê-la e receber formação para aplicação de seu método, chamado de Método Panlexia – Reeducação das Dificuldades Específicas de Leitura e Escrita. Eu tive o privilégio de participar desta formação e ser uma das capacitadoras do método (com autorização assinada pela autora) para desenvolver sua metodologia.
Por vários anos Pamela pesquisou e aplicou o seu método em escolas americanas, inglesas e italianas na reabilitação de pessoas com dificuldades de aprendizagem em leitura e escrita e à partir de 2004 pesquisou e aplicou esse Programa Remediativo de Ensino para as Dificuldades Específicas de Linguagem em: Leitura, Escrita, Soletração, Compreensão e Composição de um Texto, aqui no Brasil, em Curitiba/PR. Seu método foi embasado nos trabalhos do Dr. Jesse Williams Grimes que por muitos anos teve a Pamela como assistente e coordenadora do seu Programa de Dificuldades de Aprendizagem das Escolas Públicas Newton, em Massachusetts (EUA). Pamela foi beneficiada com a oportunidade de observar, desenvolver e inteirar-se, na prática, de toda organização do programa nas Escolas Públicas de Andover, em Massachusetts, aplicando o programa do Dr. Grimes. Partindo desta experiência organizou seu próprio Programa para Dificuldades de Aprendizagem. Pamela valoriza a necessidade da integração dos sentidos, para um processamento efetivo da informação. Para ela, “a informação nova tem que se relacionar com a previamente apreendida e integrar-se àquela, para que possamos utilizá-la.” (Kvilekval, 2005, p.08) Para processar a informação utilizam-se os canais sensórios e cada canal pode ser usado em maior ou menor extensão. Para uma pessoa ter condições de decodificar um símbolo escrito, necessita estar consciente de que a letra (grafema) está associada a um som (fonema) específico e ela necessita ter a consciência de toda sensação dos movimentos que a boca e a língua realizam quando se emite um determinado som. Essa associação tem de ser percebida conscientemente para posteriormente automatizar. As pessoas que não apresentam dificuldades perceptivas conquistam facilmente essa habilidade sem treinamento explícito, o que não ocorre de maneira geral com uma grande porcentagem de crianças. Sabe-se que há crianças que conseguem aprender a ler sozinhas e de forma natural. A falta de habilidade para aprender “naturalmente” a ler, escrever, soletrar e compreender a linguagem escrita ocorre quando falta o processamento eficiente da informação sensória. Cada vez mais se observa a preocupação de professores que se sentem impossibilitados diante do “aluno problema” por não conseguirem “diagnosticar” adequadamente o que está ocorrendo com seu aluno e este acaba sendo rotulado de “preguiçoso”, “hiperativo” e “desmotivado”, quando, na verdade, o que apresenta é uma dificuldade específica de linguagem e a angústia aumenta no que tange ao processo de reabilitação desta dificuldade.
Quando a criança não consegue corresponder adequadamente à construção de um conhecimento, sente-se frustrada e pode desenvolver problemas emocionais, comportamentais e relacionais por não poder entender a sua incapacidade e de ser bem-sucedida, como em outras áreas da sua aprendizagem, resultando em atitudes não muito adequadas socialmente. Sabe-se que são alunos inteligentes, espertos, mas apresentam uma dificuldade específica em: leitura, escrita e soletração; na organização de seus pensamentos ou de transcrevê-los no papel; na extração das idéias principais de uma comunicação escrita; na tarefa de se lembrar de instruções ou de informações seqüenciais.
Para Pamela, o professor poderia favorecer-se se tivesse uma formação capaz de habilitá-lo a realizar uma avaliação diagnóstica (conhecer o nível de instrução que seu aluno se encontra) e uma proposta pedagógica orientada com treinamento para aplicar técnicas pedagógicas específicas diferenciadas a fim de favorecer todos os tipos de alunos. E complementa que, há necessidade de modificar essa situação já que em todo mundo cinqüenta por cento da população apresenta algum sintoma que pode ser classificado como “problema perceptivo”. (Kvilekval, 2005) Portanto, ao identificar precocemente problemas de aprendizagem de uma criança, problemas perceptivos, pais e professores poderão fazer muito para ajudar seus filhos e alunos a não sofrerem no seu dia-a-dia escolar. Os benefícios de se utilizar um programa efetivamente bem estruturado para auxiliá-los, diminuirão as incidências de dificuldades na aprendizagem.
Conheça o Método Panlexia para favorecer os seus alunos e a sua prática pedagógica!
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