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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Complemento do post Emoções vividas durante e após Gravidez

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Olá Leitores(as),
Após colocar o post sobre emoções vividas pelas mães antes e depois da gravidez, fui pesquisar sobre Associação Brasileira para o Estudo do Psiquismo Pré e Perinatal pois é um tema que muito me interessa, e para minha surpresa achei algo que complementa o post mencionado anteriormente. Vou colocá-lo na íntegra. Leiam até o fim.

"Olá meninas ..... Sou uma apaixonada pela psicanálise estudo há algum tempo e agora por conta da gestação mais ainda, gostaria de dividir com vocês me sinto obrigada a passar isso adiante peço que leia até o fim, pois pode mudar o rumo da vida do seu bebê. Há uns 10 anos fiz sessões de regressão uterina, através de um hipnose e técnicas de respiração, de lá pra ca me interessei pelo assunto, voltei ao útero da minha mãe e posso afirmar que é real. Faço parte de um grupo de estudos de psicanálise Paulina onde juntamos Freud e a bíblia, formada por médicos e pastores não é enganação e nem historias demonológicas." 

Filhos são livros em branco sem letras, as primeiras letras a serem inseridas começam no útero, daí vai a importância de nos mãe estarmos escrevendo bons livros. De fato que todos nossos sentimentos e emoções ficam armazenados no nosso subconsciente e determinam nossa personalidade. O que dita como será seu filho dos 8 anos em diante é qual ambiente ele vive hoje, pois até os 8 anos é formado o caráter e personalidade, depois disso só apagando e escrevendo uma nova frase é um longo caminho as vezes uma vida inteira. Conheço pessoas sofreram com uma dor de cabeça inexplicável, crianças um trauma, um pavor sem explicação, tudo vivido durante a gestação, uma menino de 2 anos que ao entra no carro fica em pânico, arranha suas unhas no vidro querendo sair, motivo: a mãe sofreu um acidente de carro aos 4 meses de gravidez. 

Medo, dor, euforia, vergonha, raiva, alegria, tristeza são alguns dos sentimentos que transmitimos aos nosso bebês a partir do 2º tri. 




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O estado emocional da mãe pode interferir nas reações e no desenvolvimento do feto. Emoções como ira, medo e ansiedade “acionam” o sistema nervoso autônomo da mãe, e algumas substâncias químicas são liberadas na corrente sangüínea, como epinefrina e acetilcolina. Ao mesmo tempo, glândulas endócrinas secretam diferentes hormônios, resultando numa alteração da composição do sangue da gestante. Estas novas substâncias são transmitidas através da placenta, produzindo modificações no sistema circulatório do bebê. Todas essas alterações teriam influência negativa: o stress emocional prolongado vivenciado pela mãe durante o período de gestação traria conseqüências duradouras para a criança: hiperatividade, irritabilidade, evacuação excessiva, gases e distúrbios no sono são alguns dos possíveis problemas que podem surgir, apontados através de diferentes estudos (David, DeVault & Talmadge, 1961; Joffe, 1969; Sameroff & Zax, 1973; Sontag, 1944). 

Para melhor compreendemos esse processo, Joanna Wilheim (2002) assim o descreve:"[...] a elevação do nível de cortisol, que, lançado na corrente circulatória, pode afetar fisiologicamente o feto ou provocar nele uma reação do 'fechar-se' em uma espécie de 'escudo protetor' para ficar ao abrigo do efeito doloroso causado por tais substâncias [...]" (WILHEIM, 2002, pg. 59. 
"[...] Outras catecolaminas menos conhecidas por pessoas leigas são a noradrenalina, a serotonina, a oxitocina, a epinefrina, a norepinefrina e a dopamina. Todas elas, uma vez lançadas na corrente sanguínea, produzem sensações psicológicas associadas ao temor e à angústia. Quando presentes na corrente sanguínea da mãe, atravessam a barreira placentária entrando na corrente sanguínea que abastece o feto por meio do cordão umbilical. O feto irá então sentir a mesma perturbação emocional sentida pela mãe: temor e angústia. Portanto, o temor e a angústia transmitidos ao feto pela mãe têm, na sua origem, um caráter eminentemente fisiológico[...]" (WILHEIM, 2002, pg. 58. 
"[...] O conhecimento da psicologia pré-natal é importante tanto para a psicologia evolutiva como para a psicanálise, cujo objeto primordial de estudo é o inconsciente. Com efeito, se considerarmos que todos os fatos ocorridos com o ser antes de ele nascer a) recebem registro mnêmico, b) que este registro fica guardado apenas no plano do inconsciente, c) que todas as vivências pelas quais passa o ser no período pré-natal irão fazer parte de sua bagagem inconsciente, exercendo influência tanto sobre a sua personalidade pós-natal como sobre a sua conduta e o seu comportamento, e d) que o estudo do inconsciente é o objeto por excelência da psicanálise, conclui-se que o estudo da psicologia pré-natal é de importância fundamental para ela [...]" (WILHEIM, 2002, pg. 18. 
Concordam como completa o post das emoções vividas pelas mães durante e depois da gravidez? Incrível.

Fonte:
http://www.e-familynet.com/phpbb/viewtopic.php?t=501615
SOBRE A AUTORA 
Psicóloga clínica e psicanalista

"Há muito mais continuidade entre a vida intra-uterina 
e a primeira infância do que a impressionante cesura do ato do nascimento 
nos permite saber"(FREUD, 1926). 

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