A
ausência do pai pode trazer importantes consequências psicológicas à criança.
Desde a gestação o pai
tem um papel fundamental no desenvolvimento do filho. Hoje, comprovadamente,
sabe-se que todas as emoções vividas pela mãe na gestação influem diretamente
no desenvolvimento da criança. Quando a mãe está feliz, ou triste, nervosa ou
tranquila a criança também recebe esses estímulos, portanto, o pai deve
participar ativamente deste período, acompanhando todo o desenvolvimento, as
consultas no obstetra, obtendo informações de como será a nova vida com a
chegada de um bebê.
Quanto menor a criança,
maior é a necessidade de referência e valores. Essa referência sempre estará
presente, até a vida adulta, entretanto, nos anos iniciais, os valores
discursados e praticados têm um peso significativo. O pai precisa dispor de um
tempo efetivo para o filho. Aquele tempinho para contar uma história, rolar no
chão e contar as novidades do dia. É preciso exercitar essas atitudes para que
efetivamente esse momento seja rico. Se o pai chega em casa, com a cabeça no
trabalho, e coloca uma fita para o filho ver e pensa que está fazendo um
benefício, pois ele está entretido e feliz, se engana. Aqueles minutos de
intimidade são essenciais para criar o vínculo e dar parâmetros de
comportamento à criança.
Não se pode mais falar
hoje, de um modelo de pai, pois muitos são os tipos de estruturas familiares.
Tempos atrás, a família patriarcal era soberana. Bastava ao pai prover
autoridade, segurança física e financeira – e pronto, seu papel estava sendo
perfeitamente cumprido. Hoje, ainda remanescem algumas famílias patriarcais,
mas são poucas. O pai tem procurado participar mais, dividir responsabilidades
e prazeres ao lado dos filhos também. E claro, essa é a receita ideal.
A ausência do pai pode
trazer conseqüências psicológicas à criança. Se a ausência é definitiva, no
caso de morte ou porque o pai não assumiu a paternidade, há que se trabalhar o
contexto com a criança desde cedo contando a ela, na linguagem apropriada para
a idade, o que aconteceu e como o restante da família enxerga a situação,
procurando minimizar o sentimento de rejeição. É sempre muito importante ter uma
figura masculina, seja ela um novo companheiro da mãe, um tio, amigo ou avô,
para que se tenha o modelo masculino. Quando a criança não tem esse modelo pode
passar por situações de não reconhecimento do gênero. Ela não sabe o que é ser
menina ou menino, pois não têm parâmetros. É muito comum, principalmente em
meninos já que estamos falando da figura do pai, adotarem trejeitos femininos
ou até preferências culturalmente femininas, não porque tenham uma opção sexual
diferente, o que também pode ocorrer, mas porque simplesmente ele não sabe o
que é ser menino ou o que faz um menino.
Para o famoso “pãe”, o
conselho é: pais são tão capazes para lidar com a rotina do filho quanto as
mães. O ponto mais importante é ter consciência da necessidade do modelo
feminino, como dissemos em relação ao masculino. Importantíssimo é não
menosprezar a mãe, por mais difícil que tenha sido a separação, se for esse o
caso. Há que se pensar na criança. Mães e pais são vínculos eternos. Não se
deve "fazer a caveira" do outro, pois elas crescem, são inteligentes
e irão certamente fazer comparações e tirar suas conclusões, percebendo os
defeitos e qualidades de ambos. Sabemos que uma separação na maioria das vezes
não acontece de forma amigável, mas é preciso se conscientizar e não usar as
crianças como ferramenta para ferir o outro. Sejam espontâneos e transparentes.
Não é preciso recompensas materiais. Curtam os momentos em que estão juntos,
riam e se divirtam. Não há melhor receita.
Vou aproveitar esse texto para confirmar minha experiência, quanto ao que se diz respeito á figura paterna. Quando a autora diz, "que a criança não tem esse modelo pode passar por situações de não reconhecimento do gênero" é verdade, pois quando meu filho de dois anos começou a deixar de usar a fralda, ele fazia "xixi" sentado, por não haver em casa essa figura paterna, e não saber que há diferenças. Em outras situações semelhantes, é possível ver que realmente eles ficam sem essa referência. Agora é preciso que nós, enquanto mães e profissionais, saibamos da melhor forma contornar, ensinar e explicar á diferença entre meninos e meninas e tentar minimizar da melhor forma possível essa ausência paterna que as vezes pode ser momentânea ou eterna.
Vou aproveitar esse texto para confirmar minha experiência, quanto ao que se diz respeito á figura paterna. Quando a autora diz, "que a criança não tem esse modelo pode passar por situações de não reconhecimento do gênero" é verdade, pois quando meu filho de dois anos começou a deixar de usar a fralda, ele fazia "xixi" sentado, por não haver em casa essa figura paterna, e não saber que há diferenças. Em outras situações semelhantes, é possível ver que realmente eles ficam sem essa referência. Agora é preciso que nós, enquanto mães e profissionais, saibamos da melhor forma contornar, ensinar e explicar á diferença entre meninos e meninas e tentar minimizar da melhor forma possível essa ausência paterna que as vezes pode ser momentânea ou eterna.
Pedagoga
Especialista em Distúrbios de Aprendizagem
Mestranda em Distúrbios do Desenvolvimento
Especialista em Distúrbios de Aprendizagem
Mestranda em Distúrbios do Desenvolvimento
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