Uma
criança não é igual à outra e isso vale para os irmãos também. As mamães têm a
mania de comparar seu filho com a criança da vizinha. Cada criança tem seu
tempo e desenvolvimento próprio. E isso vale para o início do desenvolvimento
da fala.
Claro
que se tem um tempo esperado para tudo. A criança pode iniciar as primeiras
palavrinhas com nove meses ou um ano e meio. Uma criança que com dois anos não
fala absolutamente nada necessita de uma avaliação fonoaudiológica e médica.
Mas
por que ocorre esse atraso na fala? São várias as razões, sendo que os maiores
culpados são os próprios pais, que em muitas vezes excedem no mimo à criança,
inibindo a evolução natural do pequeno.
Desde
a barriga da mamãe, o bebê já tem condições de ouvir. Então, falar com o bebê
mesmo que este se encontre dentro da barriga da mamãe já é um bom começo para o
desenvolvimento da fala.
Para
falar, o bebê precisa ouvir bem. Se há uma deficiência auditiva, o som que
chega para o bebê é distorcido ou, se for uma deficiência auditiva profunda, o
bebê nem ouve e por isso tem dificuldades de desenvolver a fala.
Desde
o nascimento, preste atenção na audição do seu bebê, verifique se ele se
assusta com algum barulho repentino, como uma batida de porta ou alguém que
entra falando alto no seu quarto.
Quando
mais velho, faça algum barulho na lateral da criança e veja se a criança tenta
procurar de onde vem o barulho ou o chame, sussurrando, pelo nome para que ele
a procure. Caso sinta que seu queridinho não ouve direito, procure um pediatra.
Se o
bebê chora sem motivo, pode ser dor de ouvido. Certifique-se levando o pequeno
no pediatra. Infecções repetidas de ouvido podem levar a uma baixa na audição,
atrasando o início da fala.
Proteção
em excesso pode atrapalhar a fala -
Outro fator de atraso no desenvolvimento da fala é o ambiente. Uma criança que
convive na maior parte do seu tempo com adulto e esses adultos fazem tudo para
a criança sem que ela precise pedir, como pegar um copo de água quando a
criança aponta para o filtro, não tem necessidade de falar.
Os
pais precisam entender a seguinte lição: a criança precisa sentir necessidade
de falar. É um processo novo e difícil para a criança. Se ela aponta e tem o
que quer na mão, sempre usará dessa atitude para conseguir o seu desejo e não
será forçada a falar.
Escolinha
ajuda, e muito, no processo de fala -
O convívio com outras crianças como numa escolinha, faz com que a criança tenha
que falar para que não seja “esquecida”. Se ela não se impuser, não vai
conseguir muita coisa. E a estimulação de fala e linguagem que a criança terá
com o convívio com outras crianças será imensa.
Outros
fatores que podem atrasar o início da fala são as alterações neurológicas e
anatômicas como a Paralisia Cerebral, Síndrome de Down e Fissuras
lábio-palatinas (lábio leporino). Nesses casos, conversas com o pediatra e
outros profissionais devem ser realizadas para que a conduta e estimulação
dessas crianças sejam orientadas o mais precocemente possível.
Mudanças
repentinas podem atrasar ou mesmo fazer com que a fala regrida. A chegada de um
irmãozinho ou a separação dos pais podem ser alguns dos motivos. Tente detectar
o motivo da alteração emocional daquele momento e procure deixar seu filho
seguro do amor que os pais tem por ele.
Em
caso de dúvidas sobre o desenvolvimento da fala do seu filho, procure o
pediatra ou o fonoaudiólogo para uma avaliação.
Dicas
-
Converse muito com seu bebê e, principalmente, olhando para ele. Assim poderá
ver os movimentos que a mamãe faz com a boca e as expressões de seu rosto,
importantes para a comunicação.
- Na
fase de desenvolvimento da fala, não fale em diminutivos e nem como uma criancinha. Além de ser algo super chato, falar com jeitinho
infantil dificulta o entendimento da criança que ainda não sabe qual o som
correto das palavras.
-
Nomeie tudo para a criança. A hora do banho é ideal para o pequeno conhecer as
partes do corpo com as perguntas: “Onde está o pé? E o cabelo? Os olhos?”. Ou
então: qual é a cor dessa maçã?
Bruno
Rodrigues
Fonte:
http://guiadobebe.uol.com.br/meu-filho-ainda-nao-fala-o-que-faco/
0 comentários:
Postar um comentário